Europeias: Três partidos de extrema-direita juntam-se a plataforma eleitoral de Salvini

Roma, 16 abr 2019 (Lusa) - O vice-presidente do Governo italiano e líder da Liga (nacionalista), Matteo Salvini, anunciou hoje a adesão de três partidos de extrema-direita à sua plataforma para as eleições europeias de 26 de maio.
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A plataforma promovida por Salvini conta agora com o Partido Liberal de Áustria (FPO), de Heinz-Christian Strache, o Partido Popular Conservador da Estónia (EKRE) e o movimento Sme Rodina (Somos Família), do empresário eslovaco Boris Kollar, avançou o político italiano.

O também ministro do Interior de Itália adiantou ainda que "outras adesões políticas irão chegar nas próximas semanas".

No passado dia 04 de abril, Salvini lançou, em Milão, norte de Itália, a plataforma "Rumo a uma Europa de senso comum", com a qual pretende unir forças antes das eleições europeias do próximo dia 26 de maio, abrindo caminho para um futuro grupo nacionalista no Parlamento Europeu.

O evento contou com a presença do líder de Alternativa para a Alemanha (AfD), Jorg Meuthen, de Anders Vistisen, líder do Partido Popular Dinamarquês (DFP), e de Olli Kotro, do Verdadeiros Finlandeses.

Para o próximo dia 18 de maio, o líder da extrema-direita italiano convocou uma manifestação em Milão para encerrar a campanha eleitoral e anunciar 'o início de uma nova Europa'.

Os esforços de Salvini para juntar partidos no Parlamento Europeu custaram-lhe alguns atritos com os seus parceiros do Governo italiano, os populistas do Movimento 5 Estrelas.

Um dia depois do evento em Milão, o líder do movimento populista, Luigi Di Maio, disse estar preocupado com a "deriva da extrema-direita a nível europeu das forças políticas que compõem o grupo ao qual se irá aliar a Liga".

Luigi Di Maio acusou estes partidos de "negar (...) o Holocausto", referindo-se aos deputados da AfD, que em janeiro abandonaram os seus lugares em protesto contra uma homenagem às vítimas daquela política nazi.

Salvini, por seu lado, acusou o seu parceiro de "procurar fascistas, comunistas e nazis" para os seus planos políticos.

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