Europeias: Três partidos de extrema-direita juntam-se a plataforma eleitoral de Salvini
A plataforma promovida por Salvini conta agora com o Partido Liberal de Áustria (FPO), de Heinz-Christian Strache, o Partido Popular Conservador da Estónia (EKRE) e o movimento Sme Rodina (Somos Família), do empresário eslovaco Boris Kollar, avançou o político italiano.
O também ministro do Interior de Itália adiantou ainda que "outras adesões políticas irão chegar nas próximas semanas".
No passado dia 04 de abril, Salvini lançou, em Milão, norte de Itália, a plataforma "Rumo a uma Europa de senso comum", com a qual pretende unir forças antes das eleições europeias do próximo dia 26 de maio, abrindo caminho para um futuro grupo nacionalista no Parlamento Europeu.
O evento contou com a presença do líder de Alternativa para a Alemanha (AfD), Jorg Meuthen, de Anders Vistisen, líder do Partido Popular Dinamarquês (DFP), e de Olli Kotro, do Verdadeiros Finlandeses.
Para o próximo dia 18 de maio, o líder da extrema-direita italiano convocou uma manifestação em Milão para encerrar a campanha eleitoral e anunciar 'o início de uma nova Europa'.
Os esforços de Salvini para juntar partidos no Parlamento Europeu custaram-lhe alguns atritos com os seus parceiros do Governo italiano, os populistas do Movimento 5 Estrelas.
Um dia depois do evento em Milão, o líder do movimento populista, Luigi Di Maio, disse estar preocupado com a "deriva da extrema-direita a nível europeu das forças políticas que compõem o grupo ao qual se irá aliar a Liga".
Luigi Di Maio acusou estes partidos de "negar (...) o Holocausto", referindo-se aos deputados da AfD, que em janeiro abandonaram os seus lugares em protesto contra uma homenagem às vítimas daquela política nazi.
Salvini, por seu lado, acusou o seu parceiro de "procurar fascistas, comunistas e nazis" para os seus planos políticos.