EUA envergonhados com fuga de ex-prisioneiro de Guantánamo
A administração Obama está envergonhada com o desaparecimento de um ex-prisioneiro de Guantánamo, que se encontrava sob prisão domiciliária no Uruguai, temendo que os detidos libertados do campo de prisioneiros se rebelem contra os Estados Unidos.
Jihad Diyab, um sírio de 44 anos, transferido para o Uruguai pela administração de Obama, deixou o país há algumas semanas, tendo conseguido entrar no Brasil, evitando os controlos fronteiriços. A administração de Obama está à procura, até ao final do mandato do presidente, em janeiro do próximo ano, de um país de acolhimento para 29 dos 79 detidos cuja transferência foi autorizada.
O desaparecimento de Jihad Diyab complica o cenário político para o presidente dos Estados Unidos, reavivando as preocupações sobre o facto de que alguns dos detidos poderem restabelecer contacto com redes extremistas.
De acordo com estatísticas do governo dos Estados Unidos, cerca de 13% dos presos libertados, desde a chegada de Barack Obama à presidência, cometeram os mesmos, ou outros, crimes. A percentagem é maior quando se consideram os que foram libertados durante os mandatos do presidente Bush: 35%.
Paul Lewis, do Departamento de Estado, afirmou que 14 ex-prisioneiros participaram, após a sua libertação, em ataques que mataram americanos. A sua libertação precedeu a ascensão ao poder de Barack Obama, acrescentou.
Dos 29 presos que poderiam ser transferidos para outro país, 22 são iemenitas, o que dificulta ainda mais a tarefa do governo dos Estados Unidos, pois não os quer devolver ao seu país de origem, que atravessa uma crise de segurança.