EUA, França e Reino Unido atacam forças de Kadhafi
A coligação internacional passou à acção no sábado atacando por mar e ar alvos estratégicos na Líbia, para deter a repressão militar da revolta lançada há mais de um mês contra o regime de Muammar Kadhafi.
Depois de aprovado um mandato das Nações Unidas, com o apoio árabe e na sequência de uma reunião extraordinária em Paris, entre a Europa, EUA, ONU e países árabes, a intervenção militar começou com o envolvimento da França, Estados Unidos e Reino Unido.
O primeiro ataque aéreo francês foi as 16h45 GMT (mesma hora em Lisboa) contra um veículo das forças do regime de Kadhafi. O porta-aviões francês Charles de Gaulle, de propulsão nuclear, deverá começar a navegar hoje de Toulon (sul) para a Líbia.
Ao início da noite, os EUA dispararam, a partir de porta-aviões estacionados no Mediterrâneo, 110 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra as defesas antiaéreas da Líbia, para facilitar a aplicação da zona de exclusão aérea.
Em Londres, o primeiro-ministro, David Cameron, anunciou que as forças britânicas estavam também em acção.
Do lado líbio, a imprensa estatal anunciou que "alvos civis" tinham sido atingidos e que havia feridos. O regime de Kadhafi anunciou a morte de pelo menos 48 pessoas. Kadhafi ameaçou atacar e transformar o Mediterâneo num verdadeiro campo de batalha.
A Líbia pediu depois uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU e disse que, depois dos raides das forças da coligação, considera nula a resolução 1973 das Nações Unidas.
A Rússia, que se absteve de votar na quinta-feira a resolução da ONU, lamentou a intervenção armada.