Estudo indica que população mais do que duplicou na África Ocidental em 26 anos

Um Estudo de União Africana (UA) e OCDE indica que de 1990 a 2016 a população na África Ocidental, região composta por 15 países, entre os quais Cabo Verde e Guiné-Bissau, mais do que duplicou.
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Segundo o relatório "Dinâmicas de Desenvolvimento em África - Crescimento, Emprego e Desigualdades 2018", registava-se um total de 170 milhões de pessoas na região ocidental do continente africano em 1990.

O número de pessoas na África Ocidental mais do que duplicou até 2017, estimando a UA e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que a tendência de crescimento da elevará a população para 809 milhões em 2050, no conjunto de países constituído pelo Beni, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.

Na faixa etária entre 15 e 24 anos, o estudo prevê que em 2035 "a população vai aumentar em 73% para chegar a 117 milhões".

O estudo indicou que o número de pessoas a viver na pobreza de 1990 a 2013 na África Ocidental aumentou para 144,4 milhões numa população de 367,6 milhões, muito embora o índice de pobreza tenha decrescido no mesmo período de 55,4% para 43,8%.

Desceu o índice de pobreza, mas aumentou o número de pessoas na África Ocidental, muitas delas sem conseguirem evitar figurar entre os mais pobres, segundo o relatório da UA e a OCDE.

Nesta sub-região africana, os "empregos informais" representaram entre 68% e 90% e os períodos de desemprego muitas vezes longo afeta "particularmente os jovens".

De entre os 15 países que compõem esta sub-região, Guiné-Bissau é o país com o maior percentagem de empregados na agricultura (90%), seguido de Cabo Verde e Níger (77%) e da Nigéria (75%).

O acesso aos serviços básicos melhorou - 79% da população tinha assim acesso a água potável de 2000 a 2017 - e o desenvolvimento humano apresentou o índice mais baixo do continente.

Nesta região africana, a segurança social "continua a ser insuficiente" e os países "apresentam forte desigualdade de género".

A UA e a OCDE recomenda que "o crescimento inclusivo" na África Ocidental "exigirá desenvolvimento de estratégias em áreas como a "criação de corredores transfronteiriços, cadeias agroalimentares e acesso às políticas de terra e redistribuição", a "formação de competências exigidas pelo mercado de trabalho e investimento no setor privado" e "melhorias na institucionalização da capacidade, marco regulatório das empresas e impostos".

"Dinâmicas de Desenvolvimento em África - Crescimento, Emprego e Desigualdades 2018" foi o primeiro relatório que resultou da parceria entre a UA e a OCDE.

Em análise estiveram as relações entre crescimento, emprego e desigualdades em África e as implicações nos quadros estratégicos.

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