Estudantes do politécnico de Bragança vão ajudar a repor caviar de vinho no mercado

Uma equipa de estudantes do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) vai procurar uma solução para ajudar uma empresa de Chaves a repor no mercado o caviar de vinho, na segunda fase do projeto Demola apresentada hoje.
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O projeto inspirado num modelo de inovação finlandês que o politécnico de Bragança importou para Portugal, em outubro, envolve os alunos na procura de soluções inovadoras para problemas reais apresentados por empresas.

No lançamento, o projeto envolveu 25 alunos e cinco empresas e entidades, e entrou agora na segunda fase, com 26 alunos e seis empresas, uma das quais a Sapientia Romana, criada em 2014, em Chaves, ligada ao vinho e produtos derivados e que pretende uma solução para um desses produtos: o caviar de vinho.

Um dos sócios, Ricardo Correia, explicou hoje que o produto "fez muito sucesso", mas a empresa deixou de o comercializar por que "tem uma durabilidade muito limitada, na ordem dos dois meses".

Ricardo Correia é também docente no IPB e decidiu recorrer ao Demola, em vez de consultores externos, "para chegar a uma solução que garanta um ano de validade" e "conseguir chegar a outros mercados", à semelhança do que acontece com outros produtos da empresa, com as exportações a equivalerem a 50% dos negócios.

"O ensino superior tem recursos humanos, tem equipamentos que microempresas, como é o nosso caso, não têm. Acho que esta parceria é essencial. Por um lado para os alunos poderem aplicar os conhecimentos numa realidade concreta, mais próximos do mercado de trabalho e por outro lado, para as empresas conseguirem resolver problemas concretos que têm no seu dia-a-dia e que não conseguem com os recurso próprios que têm", considerou.

Dentro de três meses, a equipa multidisciplinar irá apresentar os resultados para este e os outros desafios dos novos projetos da segunda fase do Demola.

Na primeira fase, foram apresentados resultados concretos, segundo o balanço feito por Luís Pais, responsável por este programa e vice-presidente do politécnico de Bragança.

Um caso concreto apontado é a solução apresentada à Câmara de Bragança para fazer desaparecer as algas do rio Fervença que atravessa a cidade e que, durante o verão, com a diminuição da corrente, apresenta um aspeto de poluição resultado desta infestação.

O objetivo do politécnico de Bragança é alargar este programa "a cada vez mais alunos" e "no futuro, para outras regiões" de Portugal.

"Juntar o ensino com a investigação e com a prática profissional, é o desafio para o futuro", defendeu, vincando a necessidade de "quebrar barreiras" entre as instituições de ensino e as empresas.

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