"Estripador de Yorkshire" morreu de covid-19

Foi finalmente conhecida a causa de morte do serial killer britânico conhecido por "Yorkshire Ripper" (Estripador de Yorkshire) que assassinou 13 mulheres entre 1975 e 1980. Peter Sutcliffe morreu por covid-19 em novembro de 2020, aos 74 anos, depois de ignorar as orientações de isolamento na prisão.

O Estripador de Yorkshire foi condenado em 1981 pelos homicídios cometidos e mais sete tentativas. Recebeu inicialmente 20 anos de prisão, tendo sido depois condenado a cumprir pelo menos 30. Porém, em 2010, um juiz do Supremo Tribunal decidiu que Peter cumpriria prisão perpétua.

Foi apelidado de "Estripador de Yorkshire" porque mutilava os corpos das vítimas com um martelo, uma chave de fendas e uma faca. Acreditava que estava numa "missão de Deus" para assassinar prostitutas, embora nem todas as suas vítimas o serem.

Sutcliffe testou positivo para a covid-19 tendo ignorado as orientações de proteção da prisão e recusado qualquer tipo de tratamento, segundo o governador da prisão Lee Drummond.

Drummond alega que os prisioneiros vulneráveis foram avisados dos perigos de contágio e que foram oferecidas medidas de proteção, incluindo ser afastado dos outros reclusos durante as refeições.

O patologista Clive Bloxham disse que segundo os resultados da autópsia, Sutcliffe tinha "os pulmões extremamente pesados", uma sequela comum do coronavírus. Bloxham informou ainda que a infeção foi a principal causa da morte, além de complicações por doenças cardíacas e diabetes.

Sutcliffe, um antigo camionista, foi avaliado como doente de esquizofrenia paranóica na altura dos seus crimes e passou algum tempo numa unidade psiquiátrica de alta segurança, após a sentença. No entanto, foi transferido para uma prisão no nordeste de Inglaterra, uma vez que o seu estado mental foi considerado suficientemente estável.

A caça ao "Yorkshire Ripper" foi uma das maiores falhas na polícia britânica que levou a uma revisão da forma como eram conduzidas as investigações criminais. Sutcliffe conseguiu fugir durante vários anos, acabando por confessar os seus crimes em 1981, após ser detido por roubar placas de matrícula.