Espetáculos para todos nas festas da capital

Do fado à música clássica, passando pela eletrónica e pelo funk, todas as sonoridades cabem nas Festas de Lisboa deste ano. Mas há muito mais do que música. Teatro, arte contemporânea, tronos de Santo António espetáculos de som e água. É só escolher.
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DEIXEM O PIMBA EM PAZ

10 de junho, Terreiro do Paço, 22.0

No Dia de Portugal, Bruno Nogueira e Manuela Azevedo vão estar no Terreiro do Paço entre as 22.00 e as 23.00, num concerto original em que as faixas mais populares e as canções mais acarinhadas se vão transformar por conceituados músicos de jazz e música clássica. Acompanhados pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, Sara Tavares e Marante como convidados, Bruno Nogueira e Manuela Azevedo vão mostrar o pimba como nunca antes, numa noite única, depois do jogo de abertura do Europeu. Nas palavras de Bruno Nogueira, "o espetáculo terá tudo para ser uma noite feliz". Entrada livre.

SONS D"ÁGUA

1, 15 e 29 junho - Reservatório da Mãe d"Água das Amoreiras, 19.00

Um lugar fresco e mágico que este ano é o mote de inspiração para um espetáculo com três momentos únicos. O instrumental é fixo e composto pelas guitarras acústicas de Diogo Clemente, Miroca Paris na percussão, ficando o violoncelo, clarinete e flauta a cargo de Sandra Martins. Os três músicos acolhem em cada dia um convidado, tornando cada espetáculo singular numa ode à língua portuguesa. O repertório inclui Carlos Paredes, Zeca Afonso, Chico Buarque, entre muitas outras surpresas. Entrada livre de lotação limitada a 200 pessoas.

FADOS NO CASTELO

16, 17 e 18 junho

O Castelo de São Jorge é o anfitrião de três noites de fado, com outros tantos nomes grandes a trocarem as salas pelo monumento mais visitado da capital. Carminho a abrir as hostes a 16 de junho, José Manuel Neto e convidados a 17 e Ana Moura, a 19, a encerrar três serões de verão memoráveis que se esperam quentes com a melhor vista sobre Lisboa.

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ALAMEDA POP

18 e 19 de junho

Uma novidade da programação a converter a Alameda da Universidade de Lisboa, na Cidade Universitária, num palco, não para as tunas e iniciativas académicas, mas para dois nomes grandes da pop portuguesa. Os estudantes estão convidados e restantes famílias para ver Amor Electro, dia 18, às 22.00, e David Carreira, a 19, pelas 19.00. Entrada livre.

MIRADOUROS COM ARTE

Se já conquistaram um lugar no coração dos alfacinhas, este ano os miradouros voltam ao elenco das Festas de Lisboa. O CRIAR LISBOA é um desafio lançado a todos, sob o mote "Pontes de Vista", num convite para trabalhar as dinâmicas e relações, os fluxos pendulares do quotidiano entre margens do Tejo, ao qual responderam 119 propostas. Os espaços de intervenção artística com as três ideias vencedoras são os Miradouros de Santo Amaro, do Monte Agudo e do Largo das Necessidades, que recolhem, em comum, pontos de intersecção na cidade das colinas e dos vales, dos bairros e dos recantos escondidos, do rio e da luz.

EXPOSIÇÃO DOS TRONOS

4 e 5 de junho

As Festas de Lisboa fazem o tributo à memória da tradição de um tempo em que muitas famílias lisboetas se reuniam para construir o trono de Santo António. O desafio de construir um trono foi aceite por adultos e crianças e será disponibilizado um roteiro do circuito expositivo patente nos dias 4 e 5 de junho, que permitirá percorrer a cidade e ao mesmo tempo que se descobre os recantos dos bairros lisboetas exibe-se a criatividade dos participantes. Os tronos, que inicialmente eram réplicas mais ou menos fiéis do altar da Igreja de Santo António, resultavam muitas vezes das mãos da comunidade que se unia na sua conceção. Os pátios reuniam-se para a construção dos tronos, com o apoio das coletividades dos bairros. Os concursos eram um incentivo para a comunidade trabalhar em prol do trono mais espetacular. É esse espírito comunitário que se aspira a recuperar nas Festas de Lisboa.

TEATRO DAS COMPRAS

16, 17, 18, 23, 24 e 25 de junho

Depois do sucesso do ano passado, o Teatro das Compras volta como porta de entrada para uma viagem no tempo às memórias de Lisboa. Mais uma vez, a ideia é explorar, através da arte, a Baixa de Lisboa e as suas lojas centenárias, convertidas em pequenos teatros, habitadas, este ano, por um elenco integralmente feminino. O público é convidado a circular entre as várias lojas, onde decorrem, ao mesmo tempo, as peças com duração de 20 minutos, numa montra de histórias e vivências, fragmentos da cidade de Lisboa. Este ano, com um elenco de estreia, Dulce Maria Cardoso, Jorge Palinhos e Sandro William Junqueira assinam histórias dos universos das nove lojas interpretadas por nove atrizes. Entrada livre.

FESTIVAL COROS DE VERÃO

24 a 27 junho Centro Cultural de Belém, Mosteiro dos Jerónimos, Pavilhão das Galeotas e Jardim Vasco da Gama (Belém)

Na edição deste ano, o Festival atinge a maturidade como o maior e mais importante evento do género realizado em Portugal. O compromisso une a qualidade à missão de promover um intercâmbio de ideias, técnicas e interpretações corais entre formações de todo o mundo. Serão cinco os líderes dos coros de renome mundial oriundos de quatro continentes que juntos abrem fronteiras ao evento. O concerto de abertura leva ao Grande Auditório do CCB a Orquestra Sinfónica da ESML, o Coro Sinfónico da ESML, o Coro Regina Coeli de Lisboa e o Emotion Voices, numa soma que se traduzirá em cerca de 200 participantes em palco. No dia 25, destacamos o concerto nos Claustros do Mosteiro dos Jerónimos, com o Coro Gulbenkian, que apresenta um programa dedicado à poesia ibérica. O último dia do Festival é dedicado ao intercâmbio entre os coros participantes.

AS MARCHAS

Foi há mais de oito décadas que as marchas se uniram à folia alfacinha de verão. Este ano há novidades com a estreia da Marcha Popular do Bairro da Boavista. E há convidados, como a Marcha Popular de Portimão e a Dança do Dragão da Lo Leong Sport General Association de Macau. Serão cerca de 1920 os participantes que suam nas camisolas o amor ao seu bairro e que, como sempre, o desfilam pela Avenida da Liberdade. As exibições dos participantes acontecem a 3, 4 e 5 de junho na MEO Arena, pelas 21.30. O desfile é na véspera de Santo António, dia 12 de junho, pelas 21.00, com entrada livre. Para ver bem de perto os protagonistas, o conselho é o de sempre: vá de transportes públicos e bem cedo para garantir lugar.

GLOBAILE - ESPETÁCULO DE ENCERRAMENTO

1 julho Torre de Belém

O convite é feito pelos Buraka Som Sistema. São eles os inventores do Globaile que é mais do que um concerto, uma enorme festa junto ao rio Tejo e à Torre de Belém, numa homenagem à zona da cidade onde a história se cruza nas pontes com o mundo, através da diáspora e da língua portuguesa. A palavra forte é comunhão, num encontro de gerações multicultural e cosmopolita que se dá à descoberta de novos mundos. Uma ode à história de Lisboa, que começa a partir das 17.00, no Palco Secundário, com DJ de Angola, África do Sul e Portugal. A partir das 20.00, o Palco Principal é invadido pela música eletrónica de Dengue Dengue Dengue do Peru, seguido de um baile funk com MC Bin Laden aos comandos. Os Buraka Som Sistema encerram a noite, no último concerto da digressão mundial da banda que comemora 10 anos, com o grupo a despedir-se dos palcos durante tempo indeterminado.

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