Espectáculo com danças de salão e valsa vienense
"É uma marcha inovadora, porque utiliza vários passos de dança técnica, que mistura dança clássica, contemporânea, danças de salão e valsa vienense", revela ao DN a coreógrafa e ensaiadora da marcha da Bela Flor, Susana de Lacerda. "Não é só marchar de um lado para o outro", frisou.
José Rodrigues, responsável pela marcha, explicou ter escolhido o tema do centenário da República "em Agosto do ano passado. Por coincidência, o presidente da câmara sugeriu depois o centenário da República. Por isso, é natural que outras marchas também escolham este tema, que é muito forte este ano".
Adiantou que "o figurino tem tudo a ver com a bandeira nacional e as suas cores: o vermelho, verde e amarelo. Simboliza a imagem da República".
"O homem vai vestido de oficial do exército e a mulher trajada à nobreza", referiu, salientando que "o estilista andou a fazer pesquisa no Museu do Traje e noutros sítios para ver como eram os fatos da época".
"Apostámos na coreógrafa para fazer um trabalho de grande qualidade", sublinhou José Rodrigues, considerando que esta "é uma marcha muito movimentada. Os pares volantes surgem com muita dança".
As duas canções inéditas são da autoria de Sara da Costa, sendo uma marcha dedicada ao Santana Futebol Clube, que faz 90 anos.
A maioria dos marchantes já vem do ano passado. "Trago oito rapazes de Almada para marcharem cá, porque faltavam elementos masculinos", esclareceu.
Quanto ao subsídio de 30 mil euros atribuído pela câmara, diz que "não chega para as despesas. Recebemos apoios dos comerciantes do bairro e da Junta de Freguesia de Campolide".