Espanhola Ensa vai instalar fábrica no Parque de Valença
A empresa espanhola Ensa, que se dedica à produção de componentes automóveis, deverá começar a laboração na unidade de Valença (Viana do Castelo) no próximo mês de Março, anunciou ontem ao DN o presidente da Câmara local.
A nova fábrica ocupa uma área superior a 12 mil metros quadrados no Parque Empresarial de Valença, representando um investimento de 4,2 milhões de euros e a criação de 140 novos empregos directos, acrescentou José Luís Serra.
A Ensa é uma empresa do grupo italiano Dayco, sendo que a unidade de Valença vai produzir vários componentes para automóveis. Segundo os promotores do projecto, a fábrica vai dispor de uma gama "completa e constantemente actualizada de componentes" para a indústria automóvel, cobrindo "cerca de 97% do parque de automóveis europeu e extra-europeu".
A Ensa, de Vigo (Galiza), criada em 1997, será a filial responsável pela instalação da unidade em Valença. Entre os principais clientes da nova unidade no Alto Minho encontram-se marcas como a Ford, Volkswagen, General Motors, Fiat e a Renault.
A opção por Valença é justificada pela Ensa com a proximidade à cidade de Vigo (onde o grupo já possui uma unidade industrial) e com a disponibilização de um espaço industrial já infra-estruturado e bem servido por vias de comunicação, como é o caso da A3 (Porto/Valença).
De acordo com José Braquets, representante da Ensa em Portugal, nesta escolha pesou também a disponibilidade de mão-de-obra e a localização da nova unidade num espaço geográfico que o grupo considera ser "de grande projecção de desenvolvimento".
Já para o autarca local, trata-se de um investimento que terá "um forte impacto", não só não só naquele concelho, mas em toda a região. "Esta nova unidade colocará Valença no roteiro de um importante nicho económico em desenvolvimento na Península Ibérica que é o da indústria automóvel", sublinha José Luís Serra.
Ainda em Valença deverá entrar em funcionamento, até final do ano, outra unidade espanhola, neste caso de construção e reparação naval, empregando cerca de 200 trabalhadores e 400 indirectos. Com sede em Vigo, o grupo Rodman espera laborar em pleno em 2006, de forma a produzir anualmente 220 embarcações de recreio, de fibra de vidro, até 12 metros de comprimento. Com um investimento inicial de 10,5 milhões de euros, o processo de instalação da unidade em Valença arrasta-se há quatro anos, estando agora em fase de montagem das estruturas pré-fabricadas.