Espanhol suspenso por doping antes da Volta à França

“Hoje [ontem] cedo, a UCI [União Ciclista Internacional] avisou o ciclista espanhol Mikel Astarloza que ele foi suspenso provisoriamente. A decisão de suspender provisoriamente o senhor Astarloza foi tomada em resposta a um relatório do laboratório de Madrid, acreditado pela AMA [União Ciclista Internacional] , sobre um resultado analítico adverso de detecção de EPO [eritropoietina] recombinante numa amostra de urina colhida a ele num teste fora de competição, a 26 de Junho de 2009”, anunciou a UCI em comunicado.
 
O organismo federativo informou que recebeu na quinta-feira o relatório do laboratório antidoping de Madrid e que o ciclista ficará suspenso preventivamente até que o conselho de disciplina da Real Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC) tome uma decisão sobre a eventual pena a aplicar ao corredor.
 
Mas até lá Mikel Astarloza, vencedor da 16ª etapa do Tour 2009 e nono na classificação geral do ano passado, tem o direito a exigir a realização da contra-análise, para confirmar a detecção de EPO sintética. Se o teste for declarado positivo, o ciclista de 29 anos da equipa Euskaltel Euskadi ficará sujeito a uma suspensão mínima de dois anos. E a decisão por parte da RFEC será passível de recurso por parte do atleta, da instrução do processo, da UCI e da AMA.
 
Apoio da Euskaltel Euskadi
 
Para já um dado é certo neste processo: o ciclista irá pedir a realização da contra-análise, por intermédio da Euskaltel Euskadi. Isso mesmo foi nesta sexta-feira garantido pelo director da equipa basca, Miguel Madariaga.
 
“Tanto Mikel como nós estamos perplexos. Passou por muitos controlos durante o Tour e o resultado de todos foi negativo. Acreditamos que é inocente e, portanto, até que a sua culpabilidade não esteja confirmada não terá o emprego suspenso nem o salário”, vincou Madariaga citado pelo jornal ‘El Mundo’.