Como o descreve aquela publicação, Tom Wolfe foi um jornalista inovador cuja prosa tecnicolor e exageradamente pontuada deu vida a surfistas californianos, personalizadores de carros, astronautas e caçadores de 'status financeiro' em obras como "The Kandy-Kolored Tangerine-Flake Streamline Baby," "The Right Stuff" e "Bonfire of the Vanities" (editado em Portugal como "A fogueira das vaidades")..A morte do escritor foi confirmada pela sua agente, Lynn Nesbit, que afirmou que Wolfe tinha sido internado com uma infeção. .Tom Wolfe vivia em Nova Iorque desde 1962, quando integrou o New York Herald Tribune como repórter..Com o seu recurso à técnica novelística na não-ficção, Tom Wolfe ajudou a criar, a partir dos anos 1960, um estilo hibrido e influente que ficou conhecido como "novo jornalismo". .O escritor e jornalista era também quase tão conhecido pelos seus trajes como pela sua sátira: podia ser imediatamente reconhecido quando passeava pela Madison Avenue, com um fato cor de baunilha, camisa de seda às riscas, lenço brilhante a espreitar do bolso do peito e sapatos brancos. .O jornal nova-iorquino lembra que quando instado, certa vez, a descrever a sua apresentação, Tom Wolfe respondeu: "Neo-pretensioso", uma resposta típica de um escritor que tinha especial prazer em desfazer o pretensiosismo dos outros..O New York Times recorda ainda que o seu talento como escritor e caricaturista foi evidente desde o início, na sua pirotecnia verbal e perfeita imitação de padrões de fala, nos seus relatórios meticulosos e no seu uso criativo da linguagem pop e pontuação explosiva..Entre 1965 e 1981, Tom Wolfe escreveu nove livros de não-ficção. ."The Electric Kool-Aid Acid Test", um relato das viagens na Califórnia com Ken Kesey e a banda Merry Pranksters, sob a influência do consumo de LSD, continua a ser considerado uma crónica clássica da contracultura.