Escola de Arouca inaugura Oficina da Ciência
A oficina tem um laboratório com o nome de Ilídio Pinho, em homenagem ao criador da fundação que tem vindo a "promover a ciência e a inovação" desde 2002. Um dos objetivos é apoiar a "formação científica das novas gerações" através do Prémio "Ciência na Escola".
Galardão que já distinguiu os alunos da Secundária de Arouca por sete vezes, entre 2004 e 2015, o que, contas feitas pelo presidente da Fundação Ilídio Pinho, representa 83 450 euros conquistados, dinheiro que é investido em equipamento e iniciativas escolares.
"Tenho dado Arouca como exemplo de uma escola onde se cria uma cultura dos empresários do conhecimento. Não basta investigar, é preciso criar", disse Ilídio Pinho na inaugração.
Aconteceu ontem ao fim do dia nas I Jornadas de Ciência de Arouca, que hoje terminam. Uma partilha de conhecimento em que investigadores saídos da escola apresentaram o que estão a fazer no País e no estrangeiro.
Anfiteatro da Loja Interativa de Turismo sempre cheio, e não apenas com cientistas, professores e alunos, para conhecerem o que se está a investigar nas áreas da biologia e da física. Os painéis foram moderados por outro filho da terra, Manuel Sobrinho Simões, presidente ao Instituto de Patologia e Imonologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), e Raquel Seruca, vice-presidente,
Alexandre Quintanilha foi o conferencista do dia, com o tema "Ciência, ambiente e sustentabilidade", uma reflexão sobre os desenvolvimentos da humanidade, nem sempre positivos.
"Ao receber tantos professores e cientistas, nomeadamente os de Arouca, que passaram pelas nossas escolas [o mais velho há 20 anos]", ..., "reafirmamos a vontade em continuar a promover o conhecimento científico, no estímulo à criatividade, à curiosidade e à descoberta, na revelação de novos talentos que se vêm juntar a tantos que aqui temos hoje", sublinhou Adília Cruz, diretora do Agrupamento de Escolas de Arouca. E prometeu que o próximo laboratório terá o nome do professor de biologia Filipe Ressurreição, a quem todos atribuem a maior fatia do sucesso destes alunos.
"A Oficina da Ciência é um projeto que existe desde 2004. Hoje inauguramos um novo espaço, o que também representa a nossa evolução ao longo do tempo, e onde os alunos desenvolvem projetos de ciência em atividade extra-curricular. É uma conquista, sem dúvida, mas o projeto não está acabado. Queremos mais dinheiro e mais prémios", garantiu Filipe Ressurreição.
Hoje são esses alunos, alguns que já seguiram para a universidade, a apresentar os trabalhos distinguidos. Mas o dia começa com uma mesa sobre como comunicar, da literatura à ciência, com o escritor Richard Zimler e o biólogo Júlio Borlido Santos. Encerram as jornadas sessões sobre como "Entender a ciência".