Erupção leva Cabo Verde a adiar cimeira sobre regionalização

A erupção vulcânica na ilha do Fogo levou o Governo de Cabo Verde a adiar, sem data, a primeira cimeira sobre a regionalização no país.
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A cimeira devia arrancar esta terça-feira, na Cidade da Praia.

Num comunicado enviado hoje à imprensa, o Ministério do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território (MAHOT), indicou que a "evolução preocupante e imprevisível" dos acontecimentos na ilha do Fogo exige o "acompanhamento de perto" dos poderes públicos e da sociedade em geral, "para atendimento imediato de qualquer emergência".

"Ponderadas essas razões, o Governo achou por bem adiar a realização da cimeira para data a fixar proximamente, o que será em devido tempo anunciado e concertado com as entidades e instituições implicadas na sua concretização", lê-se no documento.

A cimeira sobre a regionalização em Cabo Verde, que estava inicialmente prevista para acontecer no início do ano, é um debate que vai contar com a participação de personalidades políticas, membros do Governo, autarcas, comunidade académica, corpo diplomático, setor privado, organizações da sociedade civil, entre outras instituições.

Com a iniciativa, o executivo cabo-verdiano quer aprofundar a problemática da descentralização e da regionalização no país, assunto que tem gerado algum debate entre os principais políticos e a sociedade civil cabo-verdiana, mas até agora nenhum modelo foi definido.

Este é o segundo evento adiado em Cabo Verde para data a definir por causa da erupção vulcânica no Fogo, depois da visita do primeiro-ministro da Guiné Bissau, Domingos Simões Pereira, ao país, prevista de domingo a quarta-feira.

O vulcão do Fogo entrou em erupção no dia 23 de novembro e, até ao momento, a lava já destruiu cerca de duas dezenas de casas, 14 cisternas, 15 currais e casas de apoio à agricultura.

Também destruiu uma vasta área de terrenos agrícolas, a sede administrativa e o museu do Parque Natural do Fogo, mas não provocou quaisquer vítimas.

Durante esta noite, a velocidade da lava diminuiu, garantindo mais tranquilidade na localidade de Portela, mas a situação continua imprevisível, avisam os responsáveis pela segurança.

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