Equipa da revista Evasões cessa produção até regularização dos pagamentos
A equipa da Evasões notificou a direção da revista de que vai cessar a produção de trabalhos até que os colaboradores recebam os pagamentos em atraso.
"Face à ausência de pagamento do mês de outubro e da data para o mesmo ser realizado -- a Administração informou esta tarde disso mesmo -, a equipa da Evasões vai cessar a produção de trabalhos -- incluindo o 'online' -- e o envio de textos até a situação dos trabalhadores estar devidamente regularizada", lê-se num comunicado enviado, na quinta-feira à noite, à direção da revista, a que a Lusa teve acesso.
Segundo a mesma nota, os trabalhos vão ser retomados assim que "os pagamentos em atraso das colaborações forem devidamente regularizados", o que os trabalhadores esperam que aconteça em breve.
Em causa, conforme precisaram à Lusa os representantes dos trabalhadores, estão cinco colaboradores avençados, ficando de fora desta decisão os dois que pertencem aos quadros da empresa.
Também no JN alguns colaboradores já informaram que vão suspender a produção até que os pagamentos sejam regularizados, acrescentou a mesma fonte.
Assim, dentro do grupo Global Media "dezenas" adotaram esta decisão.
Entre estes encontram-se colaboradores avençados e que ganham à peça.
A Evasões, que pertence ao grupo Global Media -- do qual pertence também o DN -- é uma revista semanal, que aborda temas como turismo, cultura, gastronomia e televisão.
No dia 06 de dezembro, em comunicado interno, o Global Media Group (GMG) avançou que iria negociar "com caráter de urgência" rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".
As direções do Jornal de Notícias (JN), TSF, O Jogo e do Dinheiro Vivo (DV) apresentaram demissão, na sequência do processo de reestruturação.
A administração da Global Media "compreende" que face à dimensão e exigência do "indispensável processo de reestruturação em curso", as direções dos títulos mais afetados "se sintam sem condições para se manterem", disse esta sexta-feira fonte oficial à Lusa.