Época balnear abre com 2 praias não vigiadas em Sines

A época balnear na costa alentejana começou hoje sem vigilância em duas praias concessionadas e com bandeira azul do concelho de Sines, São Torpes e Vieirinha, disse à agência Lusa o capitão do Porto de Sines.
Publicado a
Atualizado a

O concessionário da praia da Vieirinha - Vale de Figueiros não requereu, até hoje ao final da manhã, a vistoria necessária para a emissão da autorização de funcionamento da unidade balnear, indicou o comandante da Polícia Marítima e da Capitania de Sines, Rui Arrifana Horta.

O pedido dos responsáveis pela praia de São Torpes, uma das mais procuradas do concelho alentejano, chegou apenas na sexta-feira "ao final da tarde", pelo que o capitão do Porto de Sines acredita que a situação seja regularizada "no início da próxima semana".

Rui Arrifana Horta lamentou que, ao contrário do ano passado, esta época balnear, que se prolonga até 15 de setembro, não tenha arrancado com todas as 16 praias da sua jurisdição, entre Melides (Grândola) e Carvalhal (Odemira), "a funcionar".

O responsável evidenciou o "esforço enorme" que todas as entidades envolvidas -- capitania, municípios, Agência Portuguesa do Ambiente e concessionários -- realizaram para que a época balnear "corra pelo melhor" no Litoral Alentejano.

No entanto, acusou os responsáveis pelos apoios de praia de fazerem "tudo à última hora".

Apesar de terem sido alertados pela capitania, nos últimos dois meses, para o necessário processo de autorização e licenciamento, "a maioria" dos pedidos chegou durante esta semana, referiu Rui Arrifana Horta.

Segundo o capitão do porto alentejano, tal fez com que alguns processos tivessem ficado concluídos apenas hoje de manhã.

Para os nadadores-salvadores, a indecisão até tão próximo do início da época "de banhos" também tem consequências negativas, disse à Lusa o coordenador da Resgate - Associação de Nadadores Salvadores do Litoral Alentejano.

António Mestre lembrou que "a maioria" dos nadadores-salvadores que trabalha durante o verão na costa alentejana vem de outros pontos do país, tendo de se deslocar e arranjar alojamento.

Além disso, "muitos deles" precisam desta oportunidade para "dar continuidade a projetos de vida", aproveitando o dinheiro para "pagar a casa ou as propinas da escola", confessou.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt