Entre castelos medievais nasceu uma relíquia de Évora repleta de sabor

Pelas ruas de Évora nasceu uma iguaria que foi passada de geração em geração. Com a sua história escrita há 50 anos, o Queijo de Évora DOP nasceu através da Avó Maria e delicia qualquer um que passe pela Queijaria Cachopas.
Publicado a
Atualizado a

Verdadeira cidade-museu e considerada Património Mundial pela Unesco desde 1986, Évora começou a escrever a sua história há milhares de anos e é palco de um petisco repleto de sabor.

Pontilhada de castelos medievais, a vida em Évora é, desde sempre, feita de antigas tradições que são passadas de geração em geração e o fabrico tão artesanal do Queijo de Évora DOP não é exceção.

Tudo começou há mais de 50 anos quando a Avó Maria, que cresceu na aldeia de Montoito, aprendeu a fazer queijo. Aos 35 anos decidiu ir morar para Évora, tendo continuado a produzir aquilo que melhor sabia fazer: o queijo. No início, ia até aos rebanhos que davam leite na zona de Cuba e Trigaches e alugava diversos espaços onde ia produzindo este tão delicioso petisco.

É graças à junção do leite cru de ovelha, sal, cardo e uma abundante dose de sabedoria que é possível fazer um queijo curado, de cor amarelada e pasta semidura, com uma cura mínima de 30 dias. Mas como tudo se processa?

Primeiro, o leite cru de ovelha deve ser filtrado através de panos. De seguida, deve aquecer o leite e fazer uma infusão com flor de cardo. Depois de formada a coalhada, deve deixar a massa repousar até 60 minutos para que o soro seja extraído. Depois de arrefecido, o queijo deve ser desenformado e passar para a fase de maturação durante, pelo menos 30 dias.

O legado do Queijo de Évora DOP já vai na terceira geração da família, sendo que a Avó Maria só parou recentemente por motivos de saúde. Atualmente, os processos são mais modernos e tecnológicos, mas uma coisa é certa: a arte de saber fazer este queijo continua intemporal.

Com um sabor ligeiramente picante e ácido, o Queijo de Évora DOP Continente Seleção pode ser servido cortado às fatias finas e longitudinais e acompanhado por um bom pão alentejano e vinho.

Como escolha ideal, opte por um vinho levemente doce e refrescante, como é o caso do vinho Vinha da Valentina Branco Regional Península de Setúbal. De coloração amarela esverdeada, aromas frutados com notas cítricas e minerais e paladar guloso e rico, esta é a combinação perfeita para compensar o salgado e picante do Queijo de Évora DOP Continente Seleção.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt