Encontro de Museus do Ribatejo quer criar rede integrada
A iniciativa, que partiu do Fórum Ribatejo e da Associação Portuguesa de Museologia, vai reunir na biblioteca municipal daquela cidade cerca de duas dezenas de autarquias do Ribatejo, responsáveis por darem conta do que existe em termos de museus, núcleos museológicos, património, espólios e acervos nos seus municípios.
Em declarações à agência Lusa, Isilda Jana, coordenadora do evento, disse que a iniciativa de realizar este encontro visa "estabelecer laços e ligações entre entidades que têm andado dispersas", sendo organizado por uma organização informal de "pessoas que pensam que o Ribatejo vale a pena e que merece um cuidado renovado".
Neste primeiro encontro, o objetivo é responder às questões como saber quantos museus há no Ribatejo, qual é o panorama museológico da região e o que mais se pode fazer com os recursos de que se dispõe, são algumas das questões que serão levadas a debate neste primeiro "encontro" dos museus.
"A partir do momento em que juntarmos as pessoas ligadas aos museus e fizermos a radiografia ao que existe no Ribatejo, podemos pensar em criar algo mais em termos de sinergias e, quiçá, criar um produto, uma marca a partir daquilo que existe, através de coleções e exposições temáticas", observou aquela responsável.
Segundo defendeu Isilda Jana, os museus "não têm de ter a preocupação exclusiva de gerar lucro ou dinheiro direto mas podem ser geradores de mais-valias para as comunidades e para os territórios onde se inserem", tendo apontado como exemplo e objetivo dessa lógica a criação de uma rede de museus do Ribatejo.
O I Encontro de Museus do Ribatejo vai reunir em Abrantes representantes de 19 municípios, entre eles os de Abrantes, Alcanena, Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Constância, Coruche, Entroncamento, Mação, Rio Maior, Ourém, Salvaterra de Magos, Santarém, Tomar, Torres Novas, Vila Franca de Xira e Golegã.