O ataque teve lugar pelas 17:30 de segunda-feira (23:00 em Lisboa), numa altura em que o autocarro circulava sem passageiros.."Condenamos veementemente este ato de vandalismo", afirmou o presidente da Câmara Municipal de Chacao..De acordo com o ministro do Transporte Terrestre venezuelano, o motorista do autocarro foi ameaçado pelo grupo de encapuzados, mas saiu ileso do "novo ataque fascista"..Também em Caracas, um grupo de manifestantes concentrou-se na Autoestrada Prados del Este em protesto contra o Governo venezuelano, colocando vários objetos atravessados no pavimento..O protesto começou pelas 22:15 locais de segunda-feira (03:45 de hoje em Lisboa) e dificultou a circulação de viaturas, com muito motoristas a recuarem à procura de vias alternativas, por considerarem que a sua segurança estava comprometida..Oficiais da Polícia Nacional Bolivariana tentaram dispersar os manifestantes, enquanto cidadãos batiam tachos e ecoavam gritos de protesto contra as forças de segurança em edifícios próximos..Também em Caracas, na segunda-feira, oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) dispersaram uma concentração de 900 antigos militares que bloquearam a Avenida Urdaneta, nas proximidades do palácio presidencial de Miraflores, exigindo ser reincorporados na carreira militar e no sistema de providência social..Os manifestantes exibiram cartazes com fotos de Hugo Chávez e mensagens alusivas ao direito constitucional de manifestação..Exigiram que seja cumprido um decreto assinado pelo falecido presidente Hugo Chávez, em 2012, que contempla a reincorporação de 1.700 oficiais afastados das Forças Armadas por terem participado na fracassada tentativa golpista liderada pelo líder socialista contra o então presidente Carlos Andrés Pérez. .Durante o protesto foi detido o advogado reformado Américo Gutiérrez, representante dos militares que participaram nas fracassas tentativas golpistas de 04 de fevereiro e 27 de novembro de 2002..Há mais de três meses que se registam protestos diários na Venezuela devido à crise económica, inflação, escassez de produtos, insegurança, corrupção, alegada ingerência cubana e repressão por parte de organismos de segurança do Estado..Alguns protestos degeneraram em confrontos violentos, durante os quais morreram pelo menos 42 pessoas, incluindo dez polícias ou militares. Por outro lado, mais de 870 pessoas ficaram feridas e 3.210 foram detidas, das quais 224 continuam presas..Mais de dez polícias foram detidos e estão em curso 180 investigações por alegadas violações de direitos fundamentais dos manifestantes.