Empresas internacionais retiram funcionários da Líbia

As empresas internacionais com operações na Líbia, em particular as que operam no sector do petróleo, começaram hoje a retirar os seus trabalhadores devido à instabilidade e violência que se vivem no país.
Publicado a
Atualizado a

Quarto maior produtor de petróleo em África com cerca de 1,8 milhões de barris por dia, a Líbia assistiu nos últimos anos a um enorme afluxo de empresas petrolíferas internacionais.

A petrolífera italiana ENI, que reivindica a liderança como maior produtor estrangeiro na Líbia, começou a evacuar trabalhadores "não essenciais" e as famílias dos seus funcionários. A violência na Líbia, onde desde o início do movimento de revolta popular em 15 de Fevereiro terão morrido várias centenas de pessoas, não teve nenhum efeito sobre a produção, mas a ENI explicou que vai reforçar as suas "medidas de segurança".

A britânica BP anunciou que vai evacuar uma parte dos funcionários da empresa nas próximas 48 horas, o que resultará na suspensão dos trabalhos de perfuração na região de Ghadames, no oeste do país.

A norueguesa Statoil e as alemãs Wintershall e RWE Dea também já procederam à evacuação dos seus trabalhadores. Um porta-voz da petrolífera francesa Total precisou que a multinacional já retirou a "maioria" dos seus trabalhadores, acrescentando que "alguns" permanecem na Líbia com "medidas de segurança reforçadas".

Fora do sector petrolífero, várias dezenas de empresas - como o grupo italiano aeroespacial e de defesa Finmeccanica ou o gigante industrial alemão Siemens - decretaram igualmente a evacuação dos seus funcionários.

A construtora brasileira Queiroz Galvão informou que prepara a retirada de 130 funcionários da cidade líbia de Benghazi, actualmente sob o controlo de opositores do líder Muammar Kadhafi.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt