"Há países como a Tunísia e Moçambique que estão a adquirir este material, mas é sobretudo Angola, que tem poder de compra", explicou Luís Fernandes, presidente da APED, que representa 270 associados..O responsável garantiu que "muitos dos empresários estão a parar com o negócio" devido "ao aumento dos custos de energia e da carga fiscal, estimando em 40 por cento a quebra na atividade.."Para muitos a solução passa por vender os equipamentos lá para fora. Angola é que está a ganhar com isto [com a crise]: compram material que foi inspecionado e está já devidamente certificado", explicou..A redução dos dias dos eventos, o aumento dos combustíveis e a passagem do IVA de 6 para 23 por cento são causas que Luís Fernandes descreve como fatais para uma atividade que, sustentou, "a continuar assim vai ficar reduzida a 10, 15 por cento do que já foi há um par de anos"..O presidente da ANED, sediada no concelho de Pedrógão Grande, no interior do distrito de Leiria, salientou que a diminuição da atividade vai também ter reflexos "naquelas pessoas sem grandes qualificações que contavam com este trabalho", sobretudo ao longo do verão.. "Agosto é a nossa esperança, por causa dos emigrantes que vêm a Portugal", frisou o empresário, revelando que ainda recentemente preferiu "ficar parado um mês e meio porque não podia pagar o espaço, o combustível e os transportes"..Contudo, o responsável admitiu que, para já, "os empresários que estão a trabalhar têm conseguido evitar a perda de público com promoções e marketing", procurando combater, adiantou, "os avultados montantes que as organizações dos eventos pedem pela ocupação dos espaços"..O negócio "ainda se pode aguentar nas festas e feiras organizadas pelas capitais de distrito", mas no atual cenário, acrescentou, "muitas autarquias de pequena e média dimensão vão ter festas, mas sem equipamentos de diversão, porque não há capacidade de resposta com todos estes encargos"..Luís Fernandes disse que "a associação se reuniu com os grupos parlamentares e com o Ministério das Finanças e da Segurança Social", mas para já sem sucesso, uma vez que, criticou, persiste "a falta de políticas específicas para o sector".