Empresário de 33 anos encontrado desmembrado em condomínio de luxo de Nova Iorque

Fahim Saleh foi encontrado pela irmã. Suspeito do crime terá subido com ele no elevador. O seu paradeiro é desconhecido.
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A última vez que Fahim Saleh, empresário do sector tecnológico e CEO da Godaka, uma empresa de partilha de motorizadas que atua na Nigéria, foi visto com vida foi quando as câmaras de vigilância o apanharam, na segunda-feira, a subir no elevador do condomónio privado de Manhattan onde vivia.

Na altura estava acompanhado de um homem todo vestido de preto - homem esse que a polícia suspeita ser o seu assassino. Isto porque o corpo de Saleh, americano de origem do Bangladesh, foi encontrado, desmembrado, no seu apartamento, segundo confirmaram fontes policiais à CNN e The Wall Street Journal.

A descoberta macabra foi feita pela irmã de Saleh, que ao entrar no apartamento para saber se estava tudo bem encontrou o tronco na sala de estar. As outras partes do corpo estavam espalhadas pelo apartamento, colocadas em sacos, explicou a polícia.

As autoridades de Nova Iorque ainda não avanaçaram com um motivo por detrás do crime e continuam à procura do suspeito que não sabem como saiu do apartamento.

A morte do empresário foi confirmada pela família num comunicado. "Os jornais falam de um crime que ainda não conseguimos compreender. Fahim é mais do que aquilo que estão a ouvir. É muito mais. A sua mente brilhante e inovadora levou todos aqueles que faziam parte do seu mundo numa jornada e fazia questão de não deixar ninguém para trás", pode ler-se na mensagem. "Não há palavras ou atos que nos possam dar conforto a não ser a captura da pessoa que mostrou toda a sua maldade com o nosso ente querido".

No Twitter, a Godaka considerou a morte de Saleh "inesperada e trágica", destacando a sua capacidade de liderança.

Foi ainda no liceu que Saleh fundou o PrankDial.com, um site que fornecia chamadas falsas pré-gravadas e que, segundo o próprio, em 2018 já tinha rendido 10 milhões de dólares. Durante toda a adolescência e depois já na universidade de Bentley, Saleh foi criando e vendendo sites.

Mais recentemente criou a empresa de capital de risco Adventure Capital, que investe em startups em países como o Bangladesh ou Colômbia. Quanto à Gokada, Saleh considerou-a a sua ideia mais arrojada, uma vez que quando começou tinha pouco conhecimento do sistema de transportes da Nigéria. Mas entretanto a empresa já rendeu cinco milhões de dólares e emprega 800 motoristas, até sofrer um duro golpe no início deste ano, quando o governo da Nigéria proibiu as motorizadas comerciais em Lagos, a capital. Nada que travasse Saleh que entretanto se tinha virado para o sector da distribuição.

Agora, a família quer respostas para "este crime horrendo".

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