A última vez que Fahim Saleh, empresário do sector tecnológico e CEO da Godaka, uma empresa de partilha de motorizadas que atua na Nigéria, foi visto com vida foi quando as câmaras de vigilância o apanharam, na segunda-feira, a subir no elevador do condomónio privado de Manhattan onde vivia..Na altura estava acompanhado de um homem todo vestido de preto - homem esse que a polícia suspeita ser o seu assassino. Isto porque o corpo de Saleh, americano de origem do Bangladesh, foi encontrado, desmembrado, no seu apartamento, segundo confirmaram fontes policiais à CNN e The Wall Street Journal..A descoberta macabra foi feita pela irmã de Saleh, que ao entrar no apartamento para saber se estava tudo bem encontrou o tronco na sala de estar. As outras partes do corpo estavam espalhadas pelo apartamento, colocadas em sacos, explicou a polícia..As autoridades de Nova Iorque ainda não avanaçaram com um motivo por detrás do crime e continuam à procura do suspeito que não sabem como saiu do apartamento..A morte do empresário foi confirmada pela família num comunicado. "Os jornais falam de um crime que ainda não conseguimos compreender. Fahim é mais do que aquilo que estão a ouvir. É muito mais. A sua mente brilhante e inovadora levou todos aqueles que faziam parte do seu mundo numa jornada e fazia questão de não deixar ninguém para trás", pode ler-se na mensagem. "Não há palavras ou atos que nos possam dar conforto a não ser a captura da pessoa que mostrou toda a sua maldade com o nosso ente querido"..No Twitter, a Godaka considerou a morte de Saleh "inesperada e trágica", destacando a sua capacidade de liderança..Foi ainda no liceu que Saleh fundou o PrankDial.com, um site que fornecia chamadas falsas pré-gravadas e que, segundo o próprio, em 2018 já tinha rendido 10 milhões de dólares. Durante toda a adolescência e depois já na universidade de Bentley, Saleh foi criando e vendendo sites. .Mais recentemente criou a empresa de capital de risco Adventure Capital, que investe em startups em países como o Bangladesh ou Colômbia. Quanto à Gokada, Saleh considerou-a a sua ideia mais arrojada, uma vez que quando começou tinha pouco conhecimento do sistema de transportes da Nigéria. Mas entretanto a empresa já rendeu cinco milhões de dólares e emprega 800 motoristas, até sofrer um duro golpe no início deste ano, quando o governo da Nigéria proibiu as motorizadas comerciais em Lagos, a capital. Nada que travasse Saleh que entretanto se tinha virado para o sector da distribuição..Agora, a família quer respostas para "este crime horrendo".