"Neste momento aguardam-se os resultados das análises efectuadas (...) a amostras de refeições servidas desde segunda-feira nos dois refeitórios frequentados pelas crianças que apresentaram sintomas", afirma a Eurest Portugal, no seguimento da gastroenterite detectada a dezenas de alunos das escolas EB1 e jardins-de-infância da Feira dos 11, da Abelheira e de Ossela..Segundo refere a empresa num comunicado, os exames estão a ser "efectuados pela Eurest e pelo delegado de Saúde [local], através de laboratórios independentes", e a empresa de catering espera que os resultados indiquem que a origem do problema não esteja nos alimentos.."Em alguns casos detectados", observa a Eurest, "as crianças em causa não tinham frequentado os refeitórios, o que poderá sugerir que os casos tenham outra origem, nomeadamente viral"..No concelho de Oliveira de Azeméis, a Eurest Portugal abastece as cantinas utilizadas pela comunidade educativa de 34 estabelecimentos de ensino. .A empresa adianta que está certificada ao nível da Saúde e Segurança Alimentar. .Segundo indicações do director-adjunto do Agrupamento de Escolas Bento Carqueja, Luís Ferreira, "neste momento são cerca de 70 as crianças que estão em casa devido a este problema". ."Nesse número incluem-se as crianças hospitalizadas, as que ainda têm sintomas e as que só não vêm para a escola por precaução", explica o mesmo responsável..Vómitos, diarreia e mal-estar geral são os principais sintomas apresentados pelas crianças doentes que, ao longo das últimas 24 horas, receberam tratamento hospitalar..Os cerca de 30 casos mais graves foram conduzidos para o Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, onde Rui Carrapato, director do serviço de Pediatria/Neonatologia, informou que os sintomas se deviam "a uma intoxicação alimentar por agente não identificado"..Luís Ferreira, director-adjunto do Agrupamento Vertical Bento Carqueja, garantiu hoje de manhã: "Sabemos que não é Gripe A, porque os testes feitos às primeiras crianças que se sentiram mal concluíram logo que não se tratava disso"..A maioria das crianças que passaram pelo Hospital de S. Sebastião já teve alta, mas algumas encontram-se ainda em regime de internamento, embora Rui Carrapato assegure: "É de prever a sua recuperação completa, sem complicações, dentro de três a quatro dias".