"A CHC está confiante que está a cumprir todas as regras da Guiné Equatorial relativamente ao regulamento sobre o conteúdo local", disse a empresa à Lusa, no mesmo dia em que o governo equato-guineense ordenou a todos os operadores petrolíferos no país que cancelem os contratos com a empresa canadiana, a quem acusa de não cumprir a lei de conteúdo local. ."As nossas operações são auditadas regularmente e quaisquer pequenas falhas foram abordadas nas nossas conversações contínuas com o ministro das Minas e Hidrocarbonetos", vincou a empresa à Lusa, afirmando-se "ansiosa por continuar a conversação com as autoridades locais, a começar pelas discussões já agendas para esta semana"..A CHC Helicopters diz estar "a operar na Guiné Equatorial há quase 20 anos", onde diz ter construído "um dos mais abrangentes programas de treino de qualquer operador no setor do gás e petróleo no país".."Demos treino bem-sucedido a pilotos, engenheiros e pessoal administrativo, e implementámos um programa de treino de cadetes, para além de termos investido em projetos sociais com as nossas equipas com o objetivo de dar apoio físico e financeiro às causas e obras de caridade", acrescentou a empresa de pilotagem de helicópteros..A Guiné Equatorial anunciou hoje que ordenou a todos os operadores petrolíferos no país que cancelem os contratos com a empresa canadiana CHC Helicopters, a quem acusa de não cumprir a lei de conteúdo local. ."É responsabilidade do Ministério das Minas e Hidrocarbonetos garantir o estrito cumprimento do regulamento sobre Conteúdo Nacional na lei do Petróleo", explicou o ministro Gabriel Mbaga Obiang Lima, numa nota enviada à Lusa.."Estas leis estão em vigor para proteger e promover a indústria local, criar empregos para os cidadãos, promover o desenvolvimento sustentável do nosso país, e estamos a monitorizar agressivamente e a fazer cumprir as regras destes regulamentos", acrescentou o governante..Em causa está uma lei que obriga a que as empresas internacionais que operam na Guiné Equatorial utilizaram uma determinada percentagem de produtos, bens e serviços locais..Entre as empresas afetadas por esta determinação do Governo estão a Noble Energy, Exxon Mobil, Kosmos Energy, Trident e a Marathon Oil, entre outras..Entre as obrigações que as empresas têm de cumprir ao abrigo do Regulamento de Conteúdo Local, criado em 2014, mas que está atualmente a ser revisto, está a obrigatoriedade de "todos os acordos terem de ter cláusulas sobre conteúdo local e determinações para a capacitação, com preferência a ser dada às empresas locais na obtenção dos contratos de serviços", acrescenta a nota enviada à Lusa.."Estamos ansiosos por trabalhar com empresas internacionais que queiram fazer uma parceria com a Guiné Equatorial no desenvolvimento da nossa indústria", disse o ministro, concluindo: "No entanto, esperamos que todas as empresas a operar na Guiné Equatorial sigam as leis da República e enquanto ministro não vou hesitar em aplicar a lei para garantir o cumprimento das regras".