Em Telavive, o segredo do sucesso chama-se Cruijff
Como jogador esteve longe de ser uma estrela do futebol europeu, não obstante ter representado clubes do calibre do Barcelona ou Manchester United antes de vestir a camisola de outros mais modestos e terminar a carreira em Malta. Mas quem tem por apelido Cruijff nunca se pode dar por satisfeito. E quem não pode ser Johan no talento tem de sobreviver e brilhar como Jordi noutras funções.
Foi o que fez o filho daquele que é considerado o melhor futebolista europeu do século XX pela Federação Internacional de História e Estatística de Futebol: penduradas as chuteiras, o antigo internacional holandês (e catalão...) mudou-se para Chipre, onde assumiu o cargo de diretor de futebol do AEK Larnaca em 2010; dois anos depois, rumou a Israel para se tornar no diretor desportivo do Maccabi Telavive, histórico do país que atravessava uma crise mas que entretanto se tornou tricampeão e conseguiu chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões, onde amanhã defronta o FC Porto em partida da terceira jornada.
Com tal superioridade já lhe chamam o Bayern de Israel, tudo graças à visão de um empresário e filantropo canadiano, de seu nome Mitchell Goldhar - em 2013 era a 25.ª pessoa mais rica do país, com uma fortuna avaliada em 1,8 mil milhões de euros -, homem determinado a provar que o sucesso nos negócios também se podia estender ao desporto.
"Quando se cresce com um pai como Johan Cruijff, que está sempre a falar de futebol, aprende-se muito sobre o desporto. Nem há hipótese de ser de outra forma", confessou o agora dirigente numa das raras entrevistas que deu desde que passou para o outro lado.
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