Em português com sotaques diferentes, 17 escritores em Luanda
Quando andava na escola primária, em Díli, Luís Cardoso deixou a professora cabo-verdiana em lágrimas ao cantar uma morna de sôdades do Mindelo. Primeiro tentara sem êxito o Apita o comboio de António Mafra, o Calhambeque de Roberto Carlos, finalmente a morna. O escritor timorense contou o episódio em Luanda, no V Encontro de Escritores da UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa) perante uma audiência numerosa, numa intervenção sobre o poeta angolano António Jacinto.
O auditório do hotel Diamante encheu-se para o encontro que pela primeira vez saiu de Natal, Brasil. Muitos estudantes participaram, com perguntas curiosas e numa atenção que os levou a reagir com animação e gargalhadas ao que diziam dezassete escritores do mundo lusófono. A grande surpresa foi a presença constante e interessada dos jovens das faculdades de letras e comunicação social.