EFIndústria possibilita às empresas aumentarem eficiência energética

Leiria, 09 jun (Lusa - O projeto EFIndústria - Indústria Eficiente@Leiria, apresentado hoje, vai permitir às empresas aderentes aumentarem a eficiência energética, diminuindo assim os gastos com o consumo de energia, disse a secretária-geral da NERLEI - Associação Empresarial de Leiria, Neusa Magalhães.
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Financiado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) através do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo, o projeto tem como objetivo a aplicação de medidas de eficiência energética com vista à redução do consumo de energia elétrica nas empresas do setor industrial da região de Leiria.

"A Nerlei apresentou esta candidatura por sentir que um dos principais custos de produção das empresas da nossa região, nomeadamente do vidro e da cerâmica, é efetivamente a energia", explicou Neusa Magalhães.

Segundo a secretária-geral da Nerlei, as empresas contam com um financiamento de cerca de 300 mil euros.

"Não sabemos ainda o número de equipamentos e quais os equipamentos que vamos colocar nas empresas. O apoio pode ir até aos 40%, mas vai depender dos resultados que se conseguirem atingir nos níveis de eficiência", acrescentou.

O consultor Tiago Gaio adiantou que as candidaturas deste programa foram selecionadas de acordo com a "competitividade do quilowatt poupado por um euro investido".

"A ERSE seleciona as candidaturas que conseguem poupar mais quilowatts por hora, em função dos euros que são requeridos ao programa para investimento. Convém esclarecer que este programa apenas financia medidas de eficiência na área da energia elétrica", precisou Tiago Gaio, considerando que a EFIndústria poderá "abrir algumas portas para a eficiência energética".

A aplicação destas medidas de eficiência energética visa a "introdução de equipamentos que possibilitem uma redução substancial no consumo de energia elétrica em setores com elevado potencial de redução do consumo energético".

Nesse sentido, está prevista a implementação de 15 sistemas de gestão de energia, depois de serem identificadas as necessidades das empresas aquando da visita técnica.

"Pretende-se a instalação de equipamentos mais eficientes. Poderão ser instalados 10 motores de alto rendimento, 30 variadores eletrónicos de velocidade e 30 baterias de condensadores, desde que permitam atingir a poupança dos tais quilowatts por euro", explicou.

Tiago Gaio disse ainda que se prevê uma abrangência entre 15 a 30 empresas, mas "os números são indicativos nesta fase, pois dependem da dimensão das empresas e dos equipamentos identificados".

O foco foi a força motriz das empresas e a "intenção é privilegiar as empresas de setor empresarial que possam ter um peso maior".

Segundo Tiago Gaio, o objetivo não é adquirir novos equipamentos, mas encontrar soluções que conduzirão à poupança energética, com base, por exemplo, nas tipologias dos motores existentes.

A aplicação do EFIndústria, que tem a duração de dois anos, será feita com base nos consumos de energia elétrica verificados", monitorizando-se durante um período de tempo para confirmar que houve diminuição da fatura energética das empresas a intervencionar.

Os critérios utilizados são o "consumo anual de energia elétrica, o peso do consumo de energia elétrica no consumo global de energia da empresa, a potência instalada em equipamentos para força motriz e o peso da potência instalada em equipamentos para força motriz", afirmou ainda o consultor.

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