EDP Renováveis com intervalo de preço entre 7,40 e 8,90 por acção

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A EDP Renováveis vai para a Bolsa com um intervalo de preço entre 7,40 e 8,80 euros, o que significa que a empresa foi avaliada entre 7 mil milhões a 8 mil milhões de euros. A parcela de capital a colocar é de 25%, dos quais 20% destinam-se a investidores institucionais e 5% a trabalhadores, accionistas da eléctrica e público em geral, anunciou ontem a EDP, depois de a CMVM ter aprovado o prospecto da oferta pública inicial (IPO), que será realizada através de uma oferta combinada de 225 milhões de acções, após aumento de capital.

O encaixe previsto para operação situa-se entre 1,7 e 2 mil milhões de euros e será utilizado para financiar a estratégia de crescimento da empresa.

A oferta inicia-se na próxima segunda-feira e o período de subscrição termina a 30 de Maio, pelo que a admissão da EDP Renováveis na Bolsa está prevista para 4 de Junho. O preço final do IPO deverá ser fixado no dia 2 de Junho.

Os bancos Espírito Santo de Investimento, Millennium BCP Investimento, Caixa Banco de Investimentos, Citigroup Global Market, a Morgan Stanley e a UBS são os coordenadores globais da oferta combinada.

A EDP estava a preparar esta operação desde o início do ano. Mas, face à conjuntura do mercado, anunciou que só em Maio tomaria a decisão de colocar ou não a empresa de energias renováveis em Bolsa.

Na semana passada, apresentou oficialmente a EDP Renováveis e os resultados do primeiro trimestre desta área de negócio. Em Abril, já tinha entregue à CMVM um esboço do prospecto do IPO.

Esta quarta-feira, António Mexia revelou, em declarações à agência Lusa, que estava "a gostar mais das cores do mercado agora do que há umas semanas", dando um sinal de que a operação iria avançar.

Ontem, na conferência de imprensa de apresentação das condições do IPO, o presidente-executivo disse que esta operação é "a solução que cria condições estruturais para que a empresa atraia parceiros e seja o suporte estrutural para o crescimento que ambicionamos".

O administrador financeiro da EDP, Nuno Alves, revelou que a empresa não vai pagar dividendos até 2011. "Remunerará os accionistas apenas em 2011, no mínimo com 20% do resultado", afirmou.

A dispersão em bolsa da EDP Renováveis será, segundo António Mexia, a "maior oferta pública inicial (IPO) a realizar na Europa, este ano".| com LUSA

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