EDP recua e vai manter vigilantes em todas as barragens
A EDP vai prolongar até ao final do ano, pelo menos, a permanência da segurança humana, além da vigilância eletrónica, na sua rede de barragens. Foi também decidido reforçar o grau de segurança dos sistemas de alarmes para o nível máximo em algumas das instalações classificadas como infraestruturas críticas (IC), segundo fonte não oficial da empresa que está a acompanhar o processo. Estas medidas significam uma correção daquilo que estava inicialmente previsto no caderno de encargos de um concurso que está a decorrer para reorganizar a segurança destes equipamentos.
Conforme noticiou o DN no passado dia 10, a EDP pretendia apenas manter vigilantes apenas em 13 das 39 barragens até setembro deste ano, ficando estes vigilantes com funções acrescidas de monitorizarem a videovigilância de todas as outras 26 instalações. Por outro lado, nos requisitos para a vigilância eletrónica não estava indicado, no caderno de encargos, o grau de segurança exigidos para as IC"s. Estas infraestruturas, recorde-se, estão sujeitas a medidas especiais de proteção, pois a sua rutura pode por em causa o funcionamento de todo o país, quer no que diz respeito ao abastecimento de água, quer de eletricidade.
É o caso de nove das barragens da EDP. Agora a empresa corrigiu o caderno de encargos e vem exigir que, pelo menos, em quatro seja instalado um sistema com o grau máximo de segurança (nível 4), que a legislação determina que seja utilizado nas IC"s. Questionada pelo DN sobre porque não era aplicado o mesmo sistema às outras IC, a EDP não respondeu. O mesmo nível de segurança é exigido para instalações militares e das polícias. Têm câmaras, alarme e detetores de movimentos. Segundo as normas europeias são instalações consideradas de "alto risco": quando "os intrusos dispõem de recursos para planificar de forma detalhada a intrusão e possuem uma gama completa de equipamentos".