Duas das mulheres mais influentes dos últimos 200 anos estão vivas

Margaret Tatcher, ficou em primeiro lugar, mas a física Marie Curie e a sufragista, Emmeline Pankhurst, também estão na lista
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Margaret Thatcher foi considerada a mulher mais influente dos últimos 200 anos. A ex-primeira-ministra britânica, conhecida como Dama de Ferro e que morreu em 2013, ainda exerce o seu poder e ficou à frente de nomes como madre Teresa de Calcutá ou Marie Curie, que também surgem na lista.

O estudo levado a cabo pela Scottish Widows - uma companhia de seguros que comemorou neste ano dois séculos -, divulgado pelo jornal britânicoThe Telegraph, apresenta ainda outras conclusões: entre os inquiridos, os homens destacam a influência das personalidades femininas pelo papel que estas exerceram na política, e aos mais jovens interessa-lhes, sobretudo, a ambição que cada uma delas demonstrou possuir.

O estudo revela ainda que a maior parte das figuras femininas que o universo de dois mil votantes indicou já não estão vivas: as exceções são Isabel II, rainha de Inglaterra, com 89 anos e que ocupa o terceiro lugar na lista, e a apresentadora de televisão norte-americana Oprah Winfrey, nascida em 1954 e que angariou 6% dos votos.

O lugar cimeiro, atribuído a Thatcher, que liderou o governo britânico entre 1979 e 1990, foi garantido maioritariamente com os votos dos homens: 32% daqueles que votaram escolheram a Dama de Ferro como a mulher mais influente contra os 24% de mulheres que apontaram o mesmo nome.

O segundo lugar na lista foi conquistado por Marie Curie (1817-1934. A física nuclear polaca - que desenvolveu a teoria da radioatividade - foi a primeira mulher do mundo a ganhar um Prémio Nobel e a primeira também a ganhar esse galardão por duas vezes (Nobel da Física, em 1903, em conjunto com o marido, Pierre Curie, e Nobel da Química, em 1911).

A rainha Isabel II ocupa o terceiro lugar da lista de mulheres mais influentes, seguida daquela que foi, em vida, sua "rival": Diana de Gales, a Princesa do Povo. Mas as percentagens ficaram muito próximas, com a rainha a conseguir 18% dos votos e Diana 17%. Os restantes lugares foram ocupados por Emmeline Pankhurst, uma das fundadoras do movimento sufragista britânico (16%), pela religiosa madre Teresa de Calcutá (13%) e por Florence Nightingale, a pioneira das enfermeiras (12%). Com menos votos, mas ainda com direito a figurar na lista das dez mais influentes, ficaram ainda a rainha Vitória (8%) e Rosa Parks (7%), a costureira negra norte-americana que em 1955 se recusou a ceder o seu lugar num banco de autocarro a um branco, marcando assim o início da luta antissegregacionista nos Estados Unidos. Em último lugar ficou a apresentadora de televisão norte-americana Oprah Winfrey, com 6% dos votos.

"Esta lista de dez mulheres é impressionante pois cada uma delas foi responsável por uma mudança real ou fez que esta fosse possível, mas são mulheres que possuem, além disso, um forte simbolismo pessoal", disse a historiadora Suzannah Lipscomb ao The Telegraph. O inquérito revelou ainda que uma grande percentagem dos jovens considerou que "ter ambição" é um fator determinante para se vir a ter influência, enquanto os mais velhos consideraram a "compaixão" um atributo mais importante e decisivo nos campos da personalidade e da história.

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