Doping: procurador pede arquivamento do caso Cannavaro
Cannavaro foi injectado com cortisona a 29 de Agosto, para evitar uma reacção alérgica na sequência de uma picada de uma abelha, diz a agência noticiosa ANSA, citando a Federação Italiana de Futebol (FIGC).
Fontes próximas da ‘Juve’, citadas pela AFP, explicaram que, por se tratar de um caso urgente, o jogador foi injectado com cortisona e só depois foi pedida uma autorização de utilização terapêutica (AUT) de substâncias dopantes. No caso da cortisona, os regulamentos internacionais determinam que o pedido de AUT deve ser feito antes do consumo da substância.
A FIGC diz que foi informada acerca do uso da cortisona, pois a Juventus enviou-lhe o pedido de AUT do jogador que brilhou em 2006 (eleito melhor jogador do Mundial, Jogador do Ano FIFA e Bola d’Ouro) alguns dias antes de a selecção italiana defrontar a Geórgia e a Bulgária (5 e 9 de Setembro).
Tanto a FIGC como a Juventus anunciaram de imediato estarem disponíveis para colaborarem com o procurador Ettore Torri na explicação do caso. O procurador vai recomendar o arquivamento do processo ao Tribunal Antidopagem, que se reunirá nos próximos dias.
"O procurador pede para que o caso Cannavaro seja arquivado. Podemos excluir que Cannavaro seja responsável. Este departamento reserva-se ao direito de fazer futuros julgamentos relativamente a outras partes... que possam ter responsabilidades", anunciou o procurador, em comunicado, sem esclarecer quem poderá vir a ser responsabilizado.
Este não foi o primeiro caso em que a Cannavaro foi injectado um medicamento e que acabou por se saber publicamente. Em 2005, uma televisão italiana transmitiu um vídeo do defesa a ser injectado com fosfato de creatina, antes da final da Taça UEFA de 1999, jogo em que a equipa do italiano, o Parma, derrotou o Marselha por 3-0.
Cannavaro só não foi punido porque o fosfato de creatina não constava da lista de substâncias e métodos proibidos.