Doping mecânico: do rumor à realidade

A belga Femke Van den Driessche foi a primeira a ser apanhada com um pequeno motor na bicicleta
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Uma investigação do jornal italiano Corriere della Sera e do programa Stade 2, da France TV, conclui que o doping mecânico constitui cada vez mais uma realidade. Há anos que o assunto era rumor e, em janeiro deste ano, foi detetado o primeiro caso: a belga Femke Van den Driessche recorreu a um pequeno motor, instalado na sua bicicleta nos Mundiais de ciclocrosse, segundo anunciou o então presidente da União Ciclista Internacional (UCI), Brian Cookson.

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"O 'doping mecânico' passou a ser, infelizmente, uma realidade", afirmou o dirigente britânico.

A investigação levada a cabo pelo jornal italiano e pelo programa da televisão francesa parece comprovar isso mesmo. Os responsáveis alegam que este tipo de doping foi usado em duas provas realizadas em março em Itália - a Strade Bianche e a Coppi e Bartali. Utilizaram um detetor de calor para detetar a utilização de motores nas bicicletas.

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Segundo o artigo publicado ontem pelo Corriere della Sera e citado pelo site do Eurosport, o detetor de calor colocado de forma oculta em motas que acompanhavam as corridas em causa detetaram sete motores nas bicicletas dos ciclistas: cinco estavam escondidos no tubo do selim, duas estavam na roda traseira. Estavam disfarçados com fibra de carbono usada nos quadros e podem desenvolver uma potência entre os 60 e os 250 watts

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