Don De Lillo será júri no festival do Estoril

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O romancista norte-americano aceitou o convite de Paulo Branco

Chamam-lhe um dos poetas de Nova Iorque e é um dos grandes prosadores não só da literatura americana mas mundial. Don DeLillo, autor de romances como Body Artist ou Cosmopolis (Relógio d'Água), estará no Estoril entre 8 e 17 de Novembro para integrar o júri da competição oficial do European Film Festival. Don DeLillo aceitou o convite que lhe foi feito pelo director artístico daquele festival, o português Paulo Branco, e junta-se, assim, ao artista plástico espanhol Miquel Barceló, que já havia confirmado a sua presença como júri.

Com 15 romances publicados, autor de três peças de teatro e de um argumento para cinema (Game 6, realizado por Michael Hoffman), Don DeLillo começou a sua carreira de escritor em 1971, com um livro que passou quase ao lado de leitores e da crítica: Americana. Apesar da estreia discreta, estava lançado o mote de toda uma obra em que o protagonista é o modo de vida americano, o tal american way of life com cenário nova-iorquino.

Considerado um dos pesos-pesados do pós-modernismo, DeLillo é um acérrimo crítico do poder, observador atento da desintegração social, escritor que privilegia a análise da identidade - individual como de grupos -, temas que trabalha quase sempre numa perspectiva tão satírica quanto violenta. Em 1999 venceu o Jerusalém Prize, uma das mais prestigiantes distinções atribuídas a um escritor e em 2006 o seu romance Underworld ( 1997) foi considerado pelo New York Times a melhor ficção americana dos últimos 25 anos.

Natural do Bronx, Nova Iorque, onde nasceu a 20 de Novembro de 1936, DeLillo começou por ser copy na agência Ogilvy & Matter. Actualmente é apontado como referência por autores como Bret Easton Ellis ou Jonathan Franzen. Quanto a ele, elege como exemplos Thomas Pynchon e William Gaddis.

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