Dom Quixote lança colecção de livros para todos os bolsos

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Funcionais, baratos, acessíveis, modernos, legíveis em qualquer lugar - no metro ou no comboio -, lettering moderno, corpo da letra maior, lombada flexível. Design: Atelier Henrique Cayatte. São os novos livros de bolso da Dom Quixote, integrados na colecção Booket, ontem apresentados, a branco e laranja, na estação do Marquês de Pombal, em Lisboa, pelo administrador Juan Mera e pela directora da marca, Pilar Ramos.

ABooket assenta a sua estratégia numa trilogia: preço (desde 5, 95 euros), formato e acessibilidade e é uma colecção generalista que aposta em reedições de autores portugueses e internacionais: António Lobo Antunes, Isabel do Carmo, José Eduardo Agualusa, Inês Pedrosa, Rodrigo Guedes de Carvalho, Rita Ferro, Gabriel García Márquez, John le Carré, Michael Crichton, Matilde Asensi, Robert Wilson, entre outros.

Juan Mera acentuou o investimento que a editora está a fazer no mercado livreiro português, aproveitando a ocasião para "desmentir notícias vindas recentemente a público, as quais divulgavam que a Dom Quixote estaria para ser vendida": "Queremos dar continuidade ao nosso projecto editorial", acrescentou.

Sublinhou, por outro lado, serem objectivos da Dom Quixote "contribuir para aumentar os índices de leitura em Portugal, bem como reforçar os compromissos com distribuidores, fornecedores e leitores".

Tornar a leitura mais acessível a todos, acompanhar as tendências de outros países europeus, inovar pela abrangência e diversidade de títulos, romper com a ideia de que o livro de bolso tem uma qualidade inferior ao original são algumas propostas desta colecção, segundo Pilar Ramos.

"Livros portáteis que se lêem bem". Lídia Jorge vê, deste modo, os títulos da Booketque recebe com esperança: "O livro de bolso atinge uma sociedade num momento em que ela já gosta de ler, quando prevalece a mensagem sobre o objecto; quando o que conta mais é a leitura e não tanto o objecto" que neste caso considera ideal". Rita Ferro, que vê agora lançado na colecção Não me Contes o Fim, acha, por outro lado, os livros muito caros: "Toda a iniciativa, como esta, que promova a sua compra é uma epifania", acentua.

Pepetela diz: "Talvez seja agora que o livro em Portugal vai deixar de ser um produto de estante: "Afinal, o conteúdo dos títulos de bolso é o mesmo do que no formato original". Faz, todavia, questão de sublinhar que seria aconselhável ver estas iniciativas a surgir pela mão de mais editoras para que seja possível atingir um nível de literacia e de leitura paralelo ao do resto da Europa.

E além disso, remata Inês Pedrosa, com Fazes-me Falta, na 17.ª edição, na Booket. "Os livros de bolso são óptimos para trazer na carteira, como as mulheres fazem. São elas que lêem mais, pelo menos ficção e poesia."|

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