Dois polícias condenados pela morte de símbolo da revolta

Dois polícias egípcios foram condenados hoje a sete anos de prisão pela morte de Khaled Said, um jovem de Alexandria que se tornou um símbolo da revolta popular no Egipto.
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Testemunhas e familiares do jovem acusaram a polícia de o ter torturado e espancado até à morte depois de uma discussão num cibercafé, em Junho de 2010.

A defesa dos polícias alegou que Said, de 28 anos, morreu depois de se engasgar com um pacote de droga que engoliu quando a polícia se aproximou dele.

Especialistas em medicina legal contestaram essa versão ao concluírem que o pacote lhe foi metido na boca à força e que Said morreu por asfixia depois de ter sido espancado e, já inconsciente, lhe ter sido colocado um saco de plástico na cabeça.

Segundo o advogado da família do jovem, os dois polícias foram condenados por homicídio involuntário.

Uma página em homenagem de Said foi criada na rede social Facebook - "Somos todos Khaled Said" - e foi nela que foi lançado um dos primeiros apelos à revolta contra o regime de Hosni Mubarak, obrigado a deixar o poder em Fevereiro.

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