Dois polícias condenados pela morte de símbolo da revolta
Testemunhas e familiares do jovem acusaram a polícia de o ter torturado e espancado até à morte depois de uma discussão num cibercafé, em Junho de 2010.
A defesa dos polícias alegou que Said, de 28 anos, morreu depois de se engasgar com um pacote de droga que engoliu quando a polícia se aproximou dele.
Especialistas em medicina legal contestaram essa versão ao concluírem que o pacote lhe foi metido na boca à força e que Said morreu por asfixia depois de ter sido espancado e, já inconsciente, lhe ter sido colocado um saco de plástico na cabeça.
Segundo o advogado da família do jovem, os dois polícias foram condenados por homicídio involuntário.
Uma página em homenagem de Said foi criada na rede social Facebook - "Somos todos Khaled Said" - e foi nela que foi lançado um dos primeiros apelos à revolta contra o regime de Hosni Mubarak, obrigado a deixar o poder em Fevereiro.