O Jardim Zoológico participa em 160 programas de reprodução internacionais e coordena quatro desses projectos: do sanguim-imperador, da niala, da impala-de- -face-negra e da tartaruga espinhosa. Um comprometimento ambiental que faz todo o sentido no mundo actual, conforme sublinha José Dias Ferreira, responsável pela área zoológica do Jardim Zoológico de Lisboa. "O zoo passou de um papel de exibir os animais para agora sensibilizar o público e depois investir no habitat natural", sublinha. O zoo está ainda a financiar nove programas de conservação do habitat natural. "Em coordenação com um zoo francês tentamos preservar uma das últimas florestas de Madagáscar", explica. Ao todo, são mil hectares que o projecto quer salvar. Uma acção que passa "pela sensibilização das populações que vivem lá para as ameaças que as espécies enfrentam. Outro objectivo é a reintrodução de animais no seu habitat. "Há uns anos reintroduzimos um rinoceronte na África do Sul, num parque natural, e até hoje já teve seis crias. É um sucesso", explica. Até ao final do ano, vão colocar em Madagáscar um lémure-vermelho. Outras seis espécies estão a ser preparadas para viver em meio selvagem.