Os líderes das distritais do PSD de Viana do Castelo e Santarém, e o vice-presidente da de Faro participaram no movimento pró Luís Montenegro, mas as estruturas reuniram há dois dias para os contrariar. Querem que a moção de confiança de Rui Rio seja aprovada em Conselho Nacional extraordinário aqui a dois dias..As comissões políticas reuniram assim com os respetivos dirigentes e fizeram sentir que entendem não ser este o momento para para apoiar o desafio lançado por Montenegro ao líder do PSD..Isto mostra que aparelho do PSD está profundamente dividido, mesmo dentro das estruturas que apoiaram Rio há um ano na sua eleição para a direção do partido..Foram sete dirigentes distritais do PSD pró Luís Montenegro que se reuniram no domingo, em Lisboa, para afinar a estratégia e decidiram não avançar com a moção de censura ao presidente do partido, para a qual andaram a recolher assinaturas. O argumento é simples: se Rio apresenta uma moção de confiança então é essa que será votada..Nesta reunião participaram, ao que o DN apurou, os presidentes das distritais de Lisboa, Setúbal, Viseu, Castelo Branco, Coimbra e Viana do Castelo, respetivamente, Pedro Pinto, Bruno Vitorino, Pedro Alves, Manuel Frexes, Maurício Marques e Carlos Morais. E ainda o vice-presidente da de Faro, Cristóvão Norte..Carlos Morais e Cristóvão Norte foram apoiantes de Rio na corrida às diretas do PSD, mas nesta fase entenderam aliar-se aos que o querem ver fora da presidência do partido..Votação braço no ar ou secreta.O facto de o aparelho estar muito partido também gera muitas dúvidas sobre para que lado irá pender o Conselho Nacional extraordinário. O modo de votação da moção de confiança apresentada por Rui Rio, é visto pelos críticos como um fator importante para os conselheiros expressarem livremente a sua vontade..Pedro Pinto, líder da distrital de Lisboa do PSD, pediu uma clarificação ao presidente do Conselho Nacional que clarifique como será votada a moção. Mas defendeu que "tem de ficar bem claro que a votação da moção de confiança é uma moção sobre pessoas, que está previsto no regulamento do Conselho Nacional que seja por voto secreto"..Paulo Mota Pinto afirmou que haverá amplo espaço para debate na reunião de quinta-feira, mas só se pronuncia na própria reunião sobre a forma de votação "Mas expectativa é que a votação só ocorra ao fim de algumas horas de reunião, quando estiverem esgotadas as intervenções", justificou o antigo vice-presidente do PSD sob a liderança de Manuela Ferreira Leite.