UE sem consenso para novo diretor do FMI
O holandês Jeroen Dijsselbloem e a búlgara Kristalina Georgieva eram os últimos nomes na corrida para a designação do candidato europeu à liderança do Fundo Monetário Internacional, após o finlandês Olli Rehn ter sido o último a afastar-se. Georgieva, número dois do Banco Mundial, conseguiu mais voto dos países da União Europeia, mas falhou maioria necessária para ser aprovada: 55% dos votos dos 28 Estados da UE, desde que representem pelo menos 65% da população do bloco, avançou a Reuters, citando fonte da UE.
Pouco antes de Olli Rehn, fora a ministra da Economia espanhola, Nadia Calviño, a explicar que o Governo de Madrid decidira retirar a sua candidatura à liderança do FMI por não ter havido um consenso na primeira votação entre os países europeus.
"Após uma primeira votação, analisámos a situação e o presidente [Pedro Sánchez] decidiu que eu não participarei [nas restantes votações] para que possa haver o quanto antes um candidato único, um excelente candidato que mantenha a direção do FMI na Europa", esclareceu em conferência de imprensa em Madrid.
A votação para a designação do candidato europeu à sucessão de Christine Lagarde começou cerca das 7:00 e está ainda a decorrer, com fontes do Ministério das Finanças francês a estimarem que ainda hoje seja possível conhecer o eleito entre os dois nomes que permanecem na corrida.
A votação, feita por correio eletrónico, está a decorrer "segundo as regras europeias de maioria qualificada", que estipulam que o eleito tem de recolher o apoio de 55% dos países-membros representando pelo menos 65% da população da UE.
Mário Centeno, ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo, também chegou a estar na corrida, tendo-se retirado pelo menos provisoriamente da corrida. "Ao tentar encontrar um candidato para dirigir o FMI, como em outras decisões da UE, devemos lutar por um terreno comum. Quero ajudar a encontrar um consenso, por isso não farei parte desta fase do processo (votação de amanhã). Permaneço disponível para encontrar uma solução que seja aceitável para todos", escreveu Centeno no Twitter, primeiro em inglês e depois em português.