Discutido envio de força de paz para a Síria
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico afirmou hoje que o seu país vai discutior com urgência com os seus parceiros a proposta da Liga Árabe no sentido de formar uma força conjunta ONU-Liga Árabe para pôr fim à violência na Síria.
"Tal missão poderá ter um papel importante para salvar vidas, com a condição de que o regime de Bachar al-Assad ponha fim à violência contra civis e retire as suas forças das cidades e estabeleça um cessar-fogo credível", disse William Hague, um dia depois de Liga Árabe ter anunciado que vai apoiar a oposição ao regime de Assad e pedir ao Conselho de Segurança da ONU que adote uma resolução para formar uma "força de manutenção de paz dos árabes-ONU para vigiar a aplicação do cessar-fogo".
O homólogo italiano de Hague, o MNE Giulio Terzi, também apoiou esta ideia do envio de uma força de paz para a Síria. A Rússia indicou entretanto que está a estudar esta hipótese, tendo o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, insistido na necessidade de o envio de capacetes azuis ter o acordo prévio do regime de Damasco de Assad. Governo chinês foi mais evasivo na sua resposta.
No início deste mês, Rússia e China vetaram, na ONU, um projeto de resolução a condenar as ações das forças de Assad, suscitando a fúria dos países ocidentais. A ONU estima que até agora mais de seis mil pessoas tenham morrido desde o início da vaga de contestação a Assad, a 15 de março de 2011, inspiradas pela Primavera Árabe em países como a Tunísia e o Egito.
Lembrando que é toda a União Europeia que apoia a Liga Árabe, Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia, admitindo "uma presença árabe mais forte no terreno". Entretanto, Damasco sublinhou que, apesar de qualquer iniciativa da Liga Árabe, o regime está, ele próprio, determinado em "restabelecer a segurança e a estabilidade na Síria".