Discos de ouro e platina de Amália em exposição na SPA

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Os discos de ouro e platina conquistados por Amália Rodrigues são mostrados ao público, pela primeira vez, na Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), em Lisboa. Inaugurada ontem, a exposição Amália Sempre, inserida nas comemorações do 80.º aniversário da SPA, "procura mostrar uma das facetas menos conhecidas da fadista, a de poetisa", disse à agência Lusa José Jorge Letria, da SPA.

"De todos os poetas que cantou, como Mourão-Ferreira ou Homem de Mello, o poeta mais cantado por Amália é ela própria", disse Letria.

Lavava no rio lavava, Lágrima, Chora mariquinhas chora, Morrinha ou Grito, são alguns dos poemas de sua autoria. Amália gravou dois álbuns, Gostava de ser quem era e Lágrima, compostos inteiramente por poemas seus. O último álbum de originais, Obsessão, incluiu também dois poemas de sua autoria, ao lado de versos de Almada Negreiros, Sebastião da Gama ou Afonso Lopes Vieira.

"Um dos propósitos desta exposição é mostrar Amália como um de nós, autores", frisou Letria. Além dos discos de Ouro e Platina ganhos pela fadista, "mostrados pela primeira vez ao público" outra área expositiva destacada é "a relação de Amália com a SPA". A fadista tornou-se membro da SPA na década de 1960 e o primeiro fado em que Amália se assume como poetisa, Estranha forma de vida, com música de Alfredo Marceneiro, editado no álbum "Busto, data de 1962. "Mostramos a correspondência trocada entre Amália e a SPA, nomeadamente o seu pedido de inscrição, poemas dactilografados e fados em papel de música", disse José Jorge Letria. Além deste espólio, outra parte da exposição, aberta ao público até finais de Setembro, é constituída por objectos cedidos pelo Museu Nacional do Teatro, como dois vestidos da fadista, fotografias, recortes de jornais, e ainda livros de Amália.

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