Diretora do Panteão Nacional recusa demitir-se

Isabel Melo disse que a autorização para o jantar da Web Summit foi dada pela Direção-Geral do Património Cultural
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A diretora do panteão Nacional disse hoje ao jornal Público que não se demite, depois do polémico jantar que decorreu na nave central do monumento na noite de sexta-feira no âmbito da Web Summit.

O caso já levou o Ministério da Cultura a anunciar a proibição de realização de eventos de natureza festiva no Corpo Central do Panteão Nacional. O primeiro-ministro, por seu lado, considerou a utilização daquele monumento para eventos festivos "absolutamente indigna do respeito devido à memória dos que aí honramos".

O Panteão Nacional é o local onde estão sepultadas algumas das mais importantes personalidades da história do país. Isabel Melo esclareceu no entanto, em declarações ao mesmo jornal, que não existem corpos no local onde decorreu o jantar da Web Summit, em que participaram presidentes-executivos, fundadores de empresas e 'startups', investidores de alto nível, entre outras personalidades. "As salas tumulares estão todas fechadas", garantiu.

A responsável disse ainda que o evento foi autorizado "por quem de direito", ou seja, a Direção-Geral do património e que decorreu de acordo com o regulamento em vigor.

A utilização de museus, palácios e monumentos nacionais, com objetivos promocionais, de divulgação cultural, filmagens e outros, está sujeita a um regulamento aprovado em 2014, que inclui tabela de preços e prevê a salvaguarda "da dignidade" destes locais.

A organização da Web Summit já pediu desculpas "por qualquer ofensa causada" pela utilização do Panteão Nacional, garantindo que o evento, "conduzido com respeito", respeitou as regras do local.

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