Diretor do Museu Nacional de Arqueologia substituído

O diretor do Museu Nacional de Arqueologia (MNA), Luís Raposo, foi substituído no cargo por António Carvalho, que integra atualmente a câmara municipal de Cascais, confirmou à agência Lusa o diretor geral do Património Cultural, Elísio Summavielle.
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O jornal Público deu ontem conta do afastamento de Luís Raposo da direção do MNA, em Lisboa, e cita uma carta que este escreveu aos Amigos do Museu Nacional de Arqueologia dando conta da não continuidade do cargo.

Luís Raposo estava há 16 anos à frente do Museu Nacional de Arqueologia, mas considera-se "arqueólogo de base" daquele museu há três décadas, sendo agora substituído por António Carvalho, de 47 anos, licenciado em História e atual diretor do departamento de Cultura da câmara municipal de Cascais.

Elísio Summavielle disse à agência Lusa que "a substituição de Luís Raposo insere-se no contexto da criação" da Direção Geral do Património Cultural (DGPC), que resulta da fusão do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico com o Instituto dos Museus e da Conservação e com a Direção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo.

Além de Luís Raposo, "todos os dirigentes das estruturas centrais dos organismos que agora se fundem, dos museus e monumentos (e serviços dependentes) cessaram funções com a saída da portaria que regulamenta a DGPC", que data do passado dia 25.

Os dirigentes substituídos, como foi agora o caso de Luís Raposo, mantêm-se até ao termo do mandato ou em regime de substituição, uma vez que é obrigatória a abertura de concurso público para os cargos de direção dos vários museus e equipamentos tutelados pela DGPC, esclareceu Elísio Summavielle.

Nos últimos anos, Luís Raposo foi muito crítico em relação a algumas decisões tomadas pela tutela para a área dos museus, em particular em relação ao Museu Nacional de Arqueologia, com a hipótese colocada de transfêrencia para o edifício da Cordoaria Nacional, em Lisboa.

Em janeiro deste ano, já tinha havido uma decisão de afastamento de Luís Raposo do cargo pelo então diretor do Instituto dos Museus e da Conservação.

Luís Raposo requereu e viu aprovada, dois meses depois, a anulação desse despacho que o não reconduzia na direção do Museu Nacional de Arqueologia.

Com a publicação esta semana da portaria do regulamento da Direção Geral do Património Cultural, o responsável, Elísio Summavielle, retomou a decisão de substituição de Luís Raposo.

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