Dieta mediterrânica é Património Imaterial da Humanidade
A notícia foi avançada à Lusa pelo presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho, que está em Baku, no Azerbaijão, na 8.ª Sessão do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO, onde a candidatura foi analisada e votada.
Portugal tem Tavira como a sua comunidade representativa, que assegurou o processo técnico de preparação da candidatura, ao longo de dois anos e meio. Mas a candidatura é transnacional e subscrita por sete Estados com culturas mediterrânicas: Portugal, Chipre, Croácia, Grécia, Espanha, Itália e Marrocos. Os últimos quatro já tinha visto uma primeira candidatura aprovada em 2010.
A dieta mediterrânica surgiu há muitos séculos, resultado da geografia, do clima, da flora e da fauna típica da região. Apesar de Portugal não ser banhado pelo Mediterrâneo, partilha muitos destes traços e a alimentação tradicional tem as mesmas características.
Por outro lado, as trocas comerciais e culturais entre os povos de ambas as margens ajudaram a difundir por toda a bacia as culturas, festividades e tradições, e os hábitos alimentares, como o uso do azeite, o consumo abundante de cereais, legumes e frutas e a presença de vinho tinto a acompanhar as refeições.
Esta é a segunda inscrição portuguesa nesta categoria de bens imateriais classificados pela Unesco, depois do Fado, há dois anos.