Detido ex-patrão da Parmalat, Calisto Tanzi
A comunicação social italiana anunciou que a polícia chegou ao início da tarde à residência de Tanzi, em Parma, no norte de Itália, para dar seguimento a uma ordem emitida após a decisão do Supremo.
Tanzi manifestou-se "surpreendido" com a detenção, em declarações recolhidas pela imprensa italiana, e disse que esperava que as autoridades a suspendessem até uma decisão dos magistrados sobre um pedido dos seus advogados para cumprir a pena em prisão domiciliária devido à sua avançada idade.
O Supremo Tribunal italiano condenou na quarta-feira Tanzi a oito anos e um mês de prisão, num dos processos abertos na sequência da falência do grupo alimentar Parmalat, que chegou a ser o oitavo grupo industrial de Itália.
Com esta sentença, o Supremo reduziu em um ano e 11 meses a pena ditada em segunda instância por um tribunal de Milão contra o ex-patrão da Parmalat, acusado de especulação abusiva em detrimento de terceiros. A redução verificou-se, segundo fontes judiciais, por algumas das acusações já terem prescrito.
A decisão do Supremo encerrou um processo aberto em setembro de 2006 contra Tanzi por responsabilidades na falência da empresa.
A falência da Parmalat em dezembro de 2003 foi um dos maiores escândalos financeiros da Europa e deixou um buraco de 14 mil milhões de euros. O grupo dava emprego a 36 mil pessoas em 30 países.