Detenções relacionadas com drogas em Moçambique aumentaram em 34% em 2018 - PGR

Maputo, 17 abr 2019 (Lusa) - As autoridades moçambicanas detiveram 764 pessoas por tráfico e consumo de drogas em 2018, contra 570 do ano anterior, um amento de 34% num ano, segundo dados da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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"O combate à produção, o tráfico e ao consumo de drogas é uma ação complexa que impõe a conjugação de esforços de vários segmentos das sociedades e de instituições vocacionadas à prevenção e repreensão destes males", lê-se num relatório da PGR moçambicana, a que a Lusa teve hoje acesso..

O Aeroporto Internacional de Maputo tem sido um dos mais escolhidos pelos traficantes, tendo no ano passado registado um total de 25 casos, contra 11 do ano de 2017.

"O nosso país é tido como um corredor privilegiado de tráfico de drogas com destino a vários países do nosso continente, Europa, Ásia e América", acrescenta.

De acordo com a PGR moçambicana, a canábis continua a ser a droga mais produzida e consumida no país, tendo as autoridades apreendido em 2018 cerca de sete toneladas, contra cinco toneladas em 2017.

A cocaína também tem registado um aumento nas apreensões, tendo passado de 21 quilogramas em 2017 para 155 quilogramas no ano passado.

Também a efedrina registou um aumento nas apreensões, subindo de oito quilogramas em 2017 para 62 em 2018.

"Não obstante os resultados alcançados, estamos cientes da necessidade de reforço da capacidade investigativa, através da especialização de magistrados e dos investigadores do Serviço Nacional de Investigação Criminal", lê-se ainda no documento.

No total, em 2018, foram instaurados 877 processos relacionados com tráfico e consumo de drogas, contra 660 do ano anterior.

A cidade de Maputo e a província de Inhambane são as que mais registaram processos relacionados com estes crimes em 2018, com 125 e 101, respetivamente.

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