Destroços encontrados são do Airbus da Air France
21:34 "A Força Aérea Brasileira [FAB] definiu que foram localizados materiais metálicos e não metálicos pelo [avião] Hércules, no meio do oceano, num raio de 5km, a 400 milhas de Fernando Noronha, em 9785 km quadrados de área de busca, o que confirma que o avião caiu nesta zona", afirmou Nelson Jobim, citado pela 'Folha de São Paulo'.
15:40 destroços encontrados pertencem a um avião, como confirma a FAB, mas não se sabe se o aparelho em causa é o Airbus A330 desaparecido ontem. Navios mercantes vão recolher estes destroços para analisar os códigos de série e estabelecer comparações com os códigos do avião. Caso não sejam encontrados sobreviventes, este será o mais grave acidente de aviação desde o 11 de Setembro de 2001.
13:10 A FAB poderá ter avistado objectos metálicos e vestígios de combustível a cerca de 650 quilómetros a noroeste da ilha Fernando de Noronha, perto da 01:00, hora local. A notícia é avançada pelo jornal Globo. Porém, a Aeronáutica não confirma que tais objectos sejam destroços do voo da Air France.
12:12 Ministério dos Transportes Francês e Air France divulgam contagem oficial (veja abaixo) das nacionalidades dos passageiros. Entre os passageiros de 32 nacionalidades estão 59 brasileiros, 72 franceses e 26 alemães.
09:09 A Air France divulgou mais informações sobre a tripulação do voo.
Pilotos da TAM terão avistado destroços em chamas
A companhia aérea brasileira TAM informou as autoridades brasileiras de que tinha avistado o que poderiam ser destroços do Airbus A330 da Air France desaparecido ontem, cerca de 40 minutos depois do último sinal transmitido pela aeronave aos radares.
Os possíveis destroços - "pontos laranjas" que pareciam chamas - estavam a cerca de 1300 quilómetros da ilha de Fernando de Noronha, onde o rasto do Airbus desapareceu dos radares.
Segundo a edição online da Folha de São Paulo, o navio mercante francês Douce France foi atrás da pista dos pilotos da TAM, mas não encontrou destroços do Airbus.
A Força Aérea Brasileira (FAB) passou a noite inteira em buscas, com aviões equipados para o efeito, mas também não encontrou nada.
A notícia tinha sido dada pelo Presidente em exercício do Brasil, José Alencar (que está a substituir Lula da Silva, em visita oficial a países da América Central), que esteve segunda-feira no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, para se solidarizar com os parentes das vítimas do avião desaparecido.
Alencar disse ter notícias "muito vagas" sobre o acidente."Há uma notícia muito vaga de que um avião da TAM teria visto alguma coisa a incendiar-se numa região do Atlântico. Foi um avião que chegou esta madrugada", afirmou Alencar.
Em mensagem divulgada pela Presidência, Lula da Silva disse compartilhar a dor dos familiares e amigos das vítimas" e garantiu que o Governo brasileiro está a fazer "todo o esforço possível para encontrar o avião".
O Airbus A330-200 da Air France desapareceu ontem sobre o oceano Atlântico, quando fazia o voo Rio-Paris. Os problemas terão surgido depois de a aeronave atravessar uma zona de forte turbulência (Leia aqui a notícia relacionada).
Pista do Senegal infrutífera
As autoridades do Senegal disseram que foram encontrados destroços, mas não conseguiram confirmar se são do voo AF 447 da Air France. A notícia foi avançada pela edição online do jornal brasileiro O Globo.
O voo AF-447
A Air France divulgou hoje um novo comunicado em que dá mais algumas informações sobre o voo desaparecido e a sua tripulação:
- Avião Airbus A330-200
- 216 passageiros a bordo, dos quais 126 homens, 82 mulheres, 7 crianças e um bebé
- 12 tripulantes, três dos quais eram pilotos e nove assistentes de bordo
- O comandante do voo era francês, tinha 58 anos e 11 mil horas de voo, 1700 das quais em Airbus A330/A340. Trabalhava na Air France desde 1988
- Os dois co-pilotos eram franceses, tinham 37 e 32 anos. Entraram para a Air France em 1999 e 2004. Um dos co-pilotos tinha 6600 horas de voo, 2600 das quais em Airbus A330/A340; o outro tinha 3000 horas de voo, 800 das quais em Airbus A330/A340
- A tripulação de cabina era constituída por: chefe de cabina, francês, de 49 anos, que tinha entrado para a Air France em 1985; dois subchefes de cabina, franceses, de 54 e 46 anos, que tinham entrado para a companhia em 1981 e 1989; seis assistentes/comissários de bordo, cinco deles franceses e um brasileiro, entre os 24 e os 44 anos, tinham entrado para a Air France entre 1996 e 2007
- O avião, com motores General Electric CF6-80E, tinha voado 18870 horas desde a data em que entrou em circulação (18 de Abril de 2005)
- A última manutenção tinha sido feita a 16 de Abril de 2009
Contagem oficial das nacionalidades dos passageiros
A Air France e o Ministério dos Transportes francês divulgaram a contagem oficial dos passageiros, por nacionalidades, que corrige a contagem anterior, que apresentava discrepâncias em relação à primeira contagem, por alguns dos passageiros terem dupla nacionalidade. Assim, no voo 447 seguiam: 59 brasileiros, 72 franceses, 26 alemães, nove chineses, nove italianos, seis suíços, cinco libaneses, cinco britânicos, quatro húngaros, três irlandeses, três noruegueses, três eslovacos, dois espanhóis, dois marroquinos, dois polacos, dois norte-americanos, um sul-africano, um argentino, um austríaco, um belga, um gambiano, um islandês, um filipino, um romeno, um russo, um turco, um canadiano, um estónio, um holandês, um sueco, um dinamarquês, um croata.
Para conhecer a história, leia as notícias relacionadas (à direita).