Destroços do Titanic protegidos pela UNESCO

Os destroços do Titanic, o navio transatlântico que naufragou nas águas do Atlântico Norte na viagem inaugural em 1912, passam a estar protegidos pela UNESCO, divulgou hoje a organização das Nações Unidas com sede em Paris.
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"Cem anos depois do naufrágio, os destroços passam a beneficiar da proteção da Convenção da UNESCO para a Proteção do Património cultural subaquático", indicou a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), num comunicado.

"Os vestígios do Titanic encontram-se a cerca de 4.000 metros de profundidade ao largo da Terra Nova. Os destroços estão em águas internacionais e nenhum Estado pode reivindicar a jurisdição exclusiva do local", recordou a organização, na mesma nota.

"Até agora, o Titanic não podia beneficiar da proteção da Convenção adotada pela UNESCO em 2001, já que esta só pode ser aplicada a vestígios que estejam submersos há pelo menos 100 anos", sublinhou a UNESCO.

"A partir de agora, os Estados que ratificaram a Convenção poderão proibir a destruição, a pilhagem, a venda e a dispersão dos objetos encontrados no local. Podem tomar todas as medidas ao seu alcance para proteger os destroços e permitir que os restos humanos encontrados no interior sejam tratados de forma digna", concluiu a organização.

A Convenção da UNESCO para a Proteção do Património cultural subaquático, que entrou em vigor a 2 de janeiro de 2009, foi ratificada por cerca de 40 países.

As águas onde foram localizados os destroços do Titanic estão atualmente poluídas pelos resíduos dos navios que circulam naquela zona. Muitos mergulhadores fazem autênticas romarias ao local, deixando flores em plástico e placas comemorativas do naufrágio.

São regularmente organizadas expedições para encontrar novas peças, muitas das quais são posteriormente exibidas em exposições. Ao longo dos anos, também foram registados alguns roubos de peças que emergem à superfície.

O navio transatlântico Titanic afundou-se nas águas do Atlântico Norte na viagem inaugural, com destino a Nova Iorque, depois de ter chocado com um iceberg na noite de 14 para 15 de abril de 1912, causando a morte de mais de 1.500 pessoas.

Considerado na altura o maior navio de passageiros do mundo, o Titanic significou também uma das maiores tragédias marítimas do século XX.

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