Desemprego crónico na Alemanha cai para metade de 2006 para 2015

O desemprego crónico na Alemanha diminuiu de 6% em 2006 para 3% em 2015, avança um estudo do Instituto de Estudos do Mercado de Trabalho (IAB) hoje divulgado.
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O índice de desemprego crónico na Alemanha, segundo o estudo deste centro de investigação ligado à Agência Federal de Emprego, caiu assim para metade (de 6% em 2006 para 3% em 2015), correspondendo a 1,2 milhões de desempregados, contra 1,6 milhões em 2006.

Uma das autoras do estudo, Regina Konle-Seidl, explicou que o trabalho incluiu não só as pessoas que estiveram doze meses ou mais sem trabalho, mas também aquelas que tiveram trabalho por pequenos períodos de tempo ou que participaram em medidas de formação e voltaram a estar desempregadas.

O documento refere ainda que cerca de metade dos desempregados crónicos está nessa situação desde há pelo menos cinco anos.

O estudo permitiu ainda saber que apenas 15% dos desempregados crónicos consegue, neste espaço de tempo, sair desta situação e arranjar um emprego estável.

A diminuição do desemprego crónico deve-se, segundo o estudo, à aplicação da Agenda 2010, um pacote de reformas aprovado pelo último governo alemão de Gerhard Schröder (2002-2005), bem como à boa situação económica na Alemanha durante a última década.

A investigação, segundo o IAB, mostra que em comparação com a Dinamarca e a Finlândia, a Alemanha, apesar de ter um índice de desemprego maior do que estes países, apresenta uma percentagem menor de desempregados crónicos.

De acordo com os últimos dados da Agência Federal de Emprego, estavam desempregadas 2.533.000 pessoas em 2017, menos 158.000 que no ano anterior, o que corresponde a uma diminuição da taxa de desemprego média em 0,4 pontos percentuais para 5,7%.

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