Depois da varicela, o alerta continua. Conheça o herpes zoster
A partir dos 50 anos de idade, o sistema imunitário começa a ficar mais vulnerável. O fator idade é uma explicação, mas não só. Há doenças que potenciam esse enfraquecimento, enquanto outras aproveitam essa condição de fragilidade para se desenvolverem. Uma delas é o Varicela Zoster, o vírus que causou a varicela na infância, e origina Herpes Zoster ou Zona na idade adulta. Entre a manifestação das duas doenças, permanece adormecido no corpo e reativa-se quando estamos mais fracos e vulneráveis. Por esse motivo, pertence ao grupo das infeções oportunistas.
Quando reaparece sob a forma de zona, o vírus só atua numa parte específica do corpo, ou do lado direito ou do lado esquerdo, e numa área em particular, que pode ser na cara, na zona ocular, do lado direito ou esquerdo do tórax e da barriga ou numa das pernas. Os sintomas geralmente começam com dor ao longo da pele da região afetada, seguida por uma erupção vesicular em 2 a 3 dias. A principal complicação é a nevralgia pós-herpética que consiste na permanência de dor incapacitante na área afetada que pode durar meses ou anos.
Embora desconhecido para muita gente, todos nós já contactámos ou vamos contactar com o vírus que causa Zona pelo menos uma vez na vida. Cerca de 85% das pessoas estão vulneráveis ao desenvolvimento do herpes zoster, apesar de não o saberem, e um em cada três adultos será afetado. Isto é especialmente preocupante porque este é o único herpes conhecido com a capacidade de replicar nas artérias cerebrais e, portanto, provocar um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Por isso, quem teve um episódio de herpes zoster tem maior probabilidade de ter um AVC, sendo quatro vezes maior se a crise for oftálmica.
Face a esta doença infeciosa impossível de erradicar, além do tratamento, a prevenção é absolutamente fundamental na garantia da qualidade de vida da população. Para tal, as vacinas são as melhores armas e, quando olhamos para os números, não temos dúvidas do quão importante é vacinar para impedir perigosas consequências para a saúde.
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