"O automóvel do presidente foi atacado com rajadas de armas automáticas. De Gaulle, a esposa e o genro, que também seguiam no carro, saíram ilesos", noticiava o DN na primeira página da sua edição de 23 de agosto de 1962 sobre o terceiro atentado contra a vida do general..Tudo aconteceu no dia anterior, quando "terminado o Conselho de Ministros se dirigia, pouco depois das 22 horas, para o campo de aviação de Villacoublay" com o intuito de regressar a Colombey-les-Deux-Eglises, onde estava de férias, "o carro em que viajava com a Sra. De Gaulle e o coronel Bolsieu, seu genro, foi alvejado a tiro, na estrada", noticiava o DN..Apesar de o carro ter ficado crivado de balas, ninguém foi, porém, atingido e "a viagem prosseguiu", tendo o presidente francês apanhado o avião e "chegado bem à sua casa de campo"..Os autores deste atentado utilizaram três carros para fugir, tendo um deles já sido localizado. De acordo com várias testemunhas, "logo aos primeiros tiros, o carro presidencial teve de se imobilizar. Dois pneus do veículo foram atingidos e o vidro de trás foi partido", lia-se na primeira página do DN. "Um dos motociclistas da escolta foi atingido no capacete.".Charles de Gaulle já tinha sido alvo de dois atentados. O primeiro em Paris, em 1945, por atiradores furtivos alemães, e o segundo foi organizado pelo general Raoul Salan e aconteceu em setembro de 1961 quando uma bomba explodiu à passagem do carro do general.