Danças sexy, túnicas, véus e cruzes nas bunga-bunga

Uma jovem modelo marroquina, chamada a testemunhas no processo de Silvio Berlusconi por prostituição de menores no Rubygate, contou no tribunal de Milão pormenores da festas bunga-bunga em casa do ex-primeiro-ministro.
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Imane Fadil explicou que na sua primeira visita à villa Arcore, nos arredores de Milão, Berlusconi a convidou para o seu "escritório-biblioteca" e lhe disse: "Não fique ofendida, mas vou convidá-la a ficar com um envelope no qual se encontram quatro notas de 500 euros".

Segundo os media italianos, a jovem modelo marroquina descreveu ainda uma "performance" de duas mulheres, entre as quais Nicole Minetti, a ex-higienista oral de Berlusconi que agora conselheira regional na Lombardia. "Elas fizeram uma dança sexy na sala bunga-bunga. Usavam túnicas negras, véus brancos e uma cruz", recordou, afirmando que as mulheres acabaram em lingerie e disseram que iam passar a noite na mansão de Il Cavaliere.

Fadil explicou em tribunal ter ficado incomodada com a situação e ter resistido às pressões para voltar às festas bunga-bunga. Neste caso, o ex-primeiro-ministro é acusado de pagar pelas prestações sexuais da também marroquina Karima el Mahroug, conhecida como Ruby, entre fevereiro e mai de 2010, quando esta era ainda menor. A confirmar-se, este crime pode ser castigado com uma pena até três anos de prisão.

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